Petrobras pagará rombo de R$ 4 bi em plano de previdência privada

Segundo a Petrobras, o PPSP-R apresentou um déficit de R$ 8,5 bilhões

A Petrobras (PETR3;PETR4) irá desembolsar R$ 4,02 bilhões para cobrir um rombo no plano de previdência privada de seus funcionários. De acordo com a estatal, o Plano Petros do Sistema Petrobras – Repactuados (PPSP-R) apresentou um déficit de R$ 8,5 bilhões, que será coberto por meio do Plano de Equacionamento de Déficit de 2021 (PED2021).

O rombo havia sido apurado em dezembro do ano passado, e a recomposição do patrimônio do PPSP-R será realizada por meio da cobrança de contribuição extraordinária, além da contribuição do PED2018.

“O PED2021 objetiva promover as bases para a recomposição do patrimônio PPSP-R, com a cobrança de contribuição extraordinária da Petrobras e Participantes, adicional à contribuição extraordinária do Plano de Equacionamento de Déficit, referente ao resultado do exercício de 2018 (PED2018), iniciada no ano de 2020, para reequilibrar os ativos e passivos do plano”, disse o comunicado da Petrobras.

Ainda segundo a petroleira, o pagamento dos R$ 4,02 bilhões será feito em parcelas mensais, durante toda a vida útil do plano, estimada em 93 anos.

Nesta quinta-feira (13), por volta das 14:05 (de Brasília), as ações da Petrobras avançavam. O papel PETR3 subia 1,03%, cotado a R$ 29,34, enquanto o ativo PETR4 valorizava 0,27%, cotado a R$ 25,92.

Petrobras (PETR4) comparece à Justiça da Argentina para ação coletiva

Na última segunda-feira (10), a Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou que compareceu em uma ação coletiva proposta pela Associação (Consumidores Damnificados Asociación Civil), perante a Corte Civil e Comercial de Buenos Aires, na Argentina. A empresa afirmou que sua participação teve como objetivo apresentar defesa em relação à ação.

A estatal brasileira negou as alegações apresentadas pela Associação e disse que se defenderá vigorosamente  das acusações formuladas pela autora da ação coletiva.

“Entre outras questões, a Associação alega a responsabilidade da companhia por uma suposta perda do valor de mercado dos valores mobiliários da Petrobras na Argentina, em decorrência de alegações formuladas no âmbito da Operação Lava Jato e seus reflexos nas demonstrações financeiras da Companhia anteriores a 2015”, diz o comunicado.

Segundo a Petrobras, a demanda não gera impactos financeiros e econômicos imediatos para a companhia.