Mercado

Petróleo apaga ganhos da semana e fecha em queda de quase 3%

O petróleo WTI fechou a sessão com queda de 2,70% e o Brent com 2,45%. Indicadores econômicos devem ditar tendência.

O petróleo encerrou o pregão de sexta-feira (23) com forte queda, que apagou o modesto crescimento que acumulou ao longo da semana. Os contratos da commodity energética tiveram demanda reduzida por conta de sinais de que o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) atrasará o início dos cortes de juros nos EUA e a reabertura de uma refinaria no Irã.

O petróleo WTI, com entrega prevista para abril, fechou a sessão com retração de 2,70%, um recuo de 2,51% no total da semana, cotado a US$ 76,49 por barril. Já o tipo Brent, que é referência global, apresentou queda diária de 2,45% e semanal de 2,22%, a US$ 81,62 por barril, como foi antecipado pelo “Valor Investe”.

Rani Gule, analista de mercado da XS, acredita que a reabertura de uma refinaria no Irã, que ficou fechada por dez anos, é o principal motivo para a retração dos preços na sexta-feira. A notícia vem num cenário em que alguns membros da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) não ficaram felizes com significativos cortes de produção.

Para o analista, O mercado deve focar nos indicadores econômicos da próxima semana, como a segunda leitura do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA do quarto trimestre de 2023. Os resultados podem ter forte impacto no mercado e determinar tendências. 

Opep mantém projeção de demanda por petróleo em 2024

A projeção da demanda global de petróleo para 2024 permanece inalterada em 2,2 milhões de barris por dia, segundo o relatório mensal divulgado nesta terça-feira (13) pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A Opep informou que houve um ligeiro ajuste para cima na previsão de demanda nos Estados Unidos, devido à melhoria das expectativas para a economia americana. Esse aumento compensou a revisão para baixo feita tanto para os países da OCDE quanto para a Europa ao longo do ano.

Prevê-se que a produção nos países não pertencentes à Opep aumente em 1,2 milhão de barris por dia em 2024, uma revisão para baixo em comparação com a avaliação do relatório do mês anterior.