Os preços do petróleo caíram na segunda-feira (28) com os confinamentos impostos em Xangai para tentar reduzir a curva de contágio da Covid-19 alimentando preocupações de fraca demanda e de desaceleração econômica na China.
O bloqueio inesperado da China em seu centro financeiro de Xangai se soma ao cenário de limitação com a Alemanha anunciando a possibilidade de cortar as importações cruciais de energia russa até o final do ano.
Perto das 15h30 (horário de Brasília), o barril do tipo Brent caía 6,57%, cotado a US$ 112,72, enquanto que o petróleo WTI tinha queda de 6,75%, a US$ 106,21 o barril.
Os preços do petróleo se distanciaram das mínimas de segunda-feira depois que o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que a maior economia da Europa pode prosseguir este ano com o corte do carvão e do petróleo russos, apesar de sua forte dependência energética deles.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados (OPEP+), que se reúnem na quinta-feira, “darão particular atenção à situação da covid na China”, diz Victoria Scholar, analista da Interactive Investor. “Novos confinamentos poderão ser usados para justificar a estratégia do cartel de aumentar lenta e constantemente a oferta ao mercado, apesar dos pedidos de aceleração”, acrescenta a analisrta.