Petróleo: Credit Suisse reduz previsão de preço para US$ 80/barril no 2T23

Prio (PRIO3) é top pick na avaliação de banco, que elevou o preço-alvo de R$ 42 para R$ 50

O Credit Suisse revisou para baixo sua previsão para o preço do petróleo Brent no segundo trimestre de 2023. A redução foi de US$85 por barril para US$ 80 por barril. O banco incorpora na sua projeção o corte de produção anunciado pela OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), segundo o Broadcast.

Já as previsões de médio a longo prazo permanecem inalteradas, resultando em um preço médio de US$ 83 por barril em 2023, US$ 80 por barril em 2024, US$ 75 por barril em 2025 e US$ 70 por barril em 2026.

“Em nossa opinião, o estresse financeiro, o aperto do crédito e o potencial para a China superar as expectativas do mercado provocaram desconforto suficiente na Opep+ para que eles tomassem uma medida preventiva, ou seja, manter os estoques apertados cortando a produção agora, em vez de esperar por um pouso forçado”, escreveram os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, em relatório.

Prio (PRIO3) é top pick para Credit Suisse

O Credit Suisse também reitera que Prio (PRIO3) é sua top pick do setor, aumentando também o preço-alvo das ações de R$ 42 para R$ 50. O novo preço-alvo equivale a um potencial de valorização de 49,2%, em relação ao fechamento desta quarta-feira (5), ainda segundo o Broadcast.

“No geral, preferimos estar expostos aos preços do petróleo através da Prio, em oposição à Petrobras, devido aos seus riscos inerentes como empresa estatal (SOE)”, explicaram os analistas.

O banco também disse que a empresa conta com uma produtividade acima do esperado dos poços de Frade, uma curva de capex abaixo do previsto e que é parcialmente compensada pelo maior desconto do petróleo para o Brent.

“Em nossa visão, a Prio oferece uma boa combinação de crescimento e geração de caixa livre após os pagamentos de Albacora Leste”, avaliaram os profissionais.

O Credit Suisse prevê um crescimento acentuado no curto e médio prazo, uma vez que a produção deve quase dobrar para 125 mil barris por dia (bpd) em 2024, em relação aos níveis atuais (produção no primeiro trimestre de 2023 em 61 mil bpd).