Atingindo seu nível mais alto desde outubro do ano passado, os preços internacionais do petróleo subiram mais de 4% nesta sexta-feira (10), pois os investidores se concentraram nas possíveis interrupções no fornecimento decorrentes de mais sanções à Rússia.
O petróleo Brent, índice de referência global, chegou a subir 4,6%, mas arrefeceu e por volta das 15h (horário de Brasília) avançava 3,28%, a US$ 79,45 por barril. Enquanto isso, a referência dos EUA, petróleo WTI, chegou a 4,8%, mas perdeu força e agora sobe cerca de 3,07%, a US$ 79,38.
Algumas sanções mais severas ao setor de petróleo russo devem ser impostas pelos EUA até o momento, designando 180 embarcações, dezenas de comerciantes, duas grandes empresas petrolíferas e alguns dos principais executivos russos do setor, segundo apuração da “Reuters”.
O documento, supostamente do Tesouro dos EUA, estava circulando entre os comerciantes da Europa e da Ásia. A veracidade não pôde ser verificada pelo veículo jornalístico.
As expectativas de que o governo do presidente Joe Biden reforce as sanções contra a Rússia e o Irã, em um momento em que os estoques de petróleo permanecem baixos, cresceram enquanto se aproxima a posse do presidente eleito, Donald Trump, em 20 de janeiro.
Petrobras (PETR4): petróleo deprimido compensa efeito do dólar
A defasagem entre os preços praticados pela Petrobras (PETR4) em suas refinarias tem sido impulsionada pela alta do dólar. Além disso, as cotações internacionais dos derivados de petróleo aceleraram nos últimos dias, mas isso não levou a estatal a reajustar os preços, conforme apontaram analistas.
De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço do diesel da Petrobras está 16% — ou R$ 0,56 por litro — abaixo do praticado no mercado internacional. Na última sexta-feira (3), os preços apresentavam uma defasagem de 19%, nível observado pela última vez em 3 de julho de 2024. Na ocasião, a estatal não reajustou os preços do combustível.
A defasagem da gasolina da Petrobras, segundo a Abicom, é de 11% — equivalente a R$ 0,32 por litro. No entanto, da última vez em que a estatal aumentou o preço do combustível, em julho de 2024, os preços estavam cerca de 20% menores que os praticados no mercado internacional.
Desde então, a Petrobras não elevou os preços. Atualmente, a tendência é que siga sem alterações. Segundo o “InfoMoney,” isso se explica pela cotação do barril tipo Brent — referência global —, que permanece flutuando próximo de US$ 75,00, valor inferior à média dos anos anteriores. Assim como o dólar, o preço do barril é um dos parâmetros que influenciam a precificação.