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Petróleo fecha em alta, mas acumula queda de 8% na semana

Nesta sexta-feira, o contrato do WTI para novembro fechou em alta de 0,58%, já o Brent para dezembro subiu 0,61%.

Os preços do Petróleo encerraram o último dia útil da semana em um patamar positivo, influenciado pelos resultados do relatório de emprego dos Estados Unidos, divulgados nesta manhã, o payroll.

Nesta sexta-feira (6), o contrato do WTI para novembro fechou em alta de 0,58% (US$ 0,48), a US$ 82,79 o barril, após tocar US$ 83,28 na máxima intradiária. O Brent para dezembro, por sua vez, subiu 0,61%, (US$ 0,51), a US$ 84,58 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na máxima, o contrato chegou a ser cotado a US$ 84,95.

Além dos dados positivos do mercado de trabalho norte-americano, que proporcionaram um clima de estabilidade para o mercado, o forte movimento de viagens no oriente do mundo também refletiram na alta da commodity. De acordo com o monitoramento, as viagens durante o feriado da “Golden Week” na China formam um aspecto que refletiu na alta.

Segundo a agência estatal chinesa Xinhua, durante o feriado de oito dias, os chineses realizaram 826 milhões de viagens turísticas internamente, um aumento de 71,3% ante o mesmo período do ano passado e de 4,1% ante 2019.

Petróleo acumula queda de 8% na semana

Durante essa semana, o WTI, referência na precificação do petróleo, registrou um acúmulo regressivo de 8,81%, enquanto o Brent, um recuo de 8,26%. O cenário é de receio do impacto na demanda de condições financeiras mais restritivas diante da alta do juro projetado nos títulos de renda fixa de dívida pública do governo dos EUA, os Treasuries.

O principal motivo para o tombo da commodity foi realização de lucros, após o petróleo chegar perto de US$ 100 pela primeira vez desde meados de 2022, no período após a eclosão da guerra na Ucrânia, aponta a análise de Norbert Rucker, chefe do setor de pesquisa de próxima geração do Julius Baer. De acordo com sua percepção, o humor do mercado ficou otimista em níveis excessivos no mês passado.

“Os suprimentos de petróleo são suficientes, e a tão discutida tendência de aperto até agora é menos pronunciada do que o esperado. Olhando para o futuro, o consumo estagnado e a produção crescente tornam o cenário de aperto ainda menos provável. Mantemos nossa visão cautelosa e vemos os preços do petróleo caindo no próximo ano”, disse o economista.