O petróleo fechou o pregão desta terça-feira (8) em queda superior a 2%, impulsionado pelo cenário de amenização nas tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia. Além disso, um possível acordo nuclear, que pode liberar barris de petróleo no mercado, com o Irã também ajuda a aliviar a pressão nos preços da commodity.
Apesar disso, o Goldman Sachs afirmou que segue cauteloso com a resolução tão rápida “dada a falta de negociações diretas, bem como as principais áreas de desacordo não resolvidas”.
Os contratos para abril do Brent, encerraram esta terça com recuo de 2,06%, sendo cotado a US$ 90,78 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para março do WTI, a referência americana, recuaram 2,14%, a US$ 89,36 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
A agenda de líderes, que realizaram uma série de encontros, e suas declarações foram monitoradas, e, tanto na questão iraniana quanto nas tensões com a Rússia, as sinalizações foram para uma potencial maior oferta de petróleo. “Os preços do petróleo estenderam as quedas em uma possível diminuição da tensão na Ucrânia e possível progresso nas negociações nucleares com o Irã”, resume Edward Moya, analista da Oanda.
Quem também comentou o assunto foi o Departamento de Energia (DoE) dos EUA, que afirmou sua projeção de queda nos preços do petróleo para segundo semestre do ano, com um aumento na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) em um ritmo maior do que o consumo global.
“Projetamos os preços do petróleo Brent a US$ 87 por barril no segundo trimestre e US$ 75 no quarto trimestre”, informou o DoE.