Petróleo fecha em queda, mas acumula alta de 2% na semana

Apesar de ter apresentado alta na maior parte da sessão, o petróleo fechou com leve queda nesta sexta-feira (20). O barril WTI, a referência americana, com entrega prevista para dezembro fechou a sessão em queda de 0,33% a US$ 88,08. Já o do Brent, a referência global, para o mesmo mês cedeu 0,24%, hoje, a US$ 92,16.

Analistas atribuem a queda desta sexta em parte ao movimento de realização de lucros em meio aos fortes ganhos do produto. No entanto, no acumulado da semana, os contratos futuros da commodity avançaram até 2%.

Apesar da queda na sessão, os riscos geopolíticos por conta da guerra entre Israel e o Hamas ainda podem fazer com que o petróleo atinja patamares mais altos no curto prazo.

No Ibovespa, as empresas do setor petrolífero seguiram a cotação. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caíram 1,19% e 1,51%, respectivamente. Já a PRIO (PRIO3) recuou 0,48%, enquanto a Petrorecôncavo (RECV3) teve queda de 0,77%.

Ibovespa fecha em queda, com IBC-Br no radar; dólar cai

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a sexta-feira (20) em queda de 0,74%, aos 113.155 pontos. Já o dólar comercial caiu 0,43%, cotado a R$ 5,03.

No cenário local, os investidores repercutiram a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômico), considerado uma prévia do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. O indicador apresentou uma queda de 0,77% no mês de agosto, segundo os dados do Banco Central.

O recuo foi muito mais acentuado do que a mediana da projeção de analistas pelo consenso Refinitiv, que esperava retração de 0,30% no mês.

No exterior, as atenções dos investidores continuaram voltadas à guerra entre Israel e Hamas. O mercado está preocupado que outros países da região — que é a mais importante exportadora de petróleo do mundo — se envolvam no conflito.

Além disso, um discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), dado na quinta-feira (19) seguiu mexendo com os mercados neste pregão.

Segundo o banqueiro, a força da economia norte-americana e o mercado de trabalho ainda apertado podem justificar novos aumentos da taxa de juros.

“Estamos atentos aos dados recentes que mostram a resiliência do crescimento econômico e da demanda por mão de obra. Evidências adicionais de crescimento persistentemente acima da tendência, ou de que o aperto no mercado de trabalho não está mais diminuindo, podem colocar em risco o progresso da inflação e justificar um novo aperto da política monetária”, disse Powell em comentários ao Clube Econômico de Nova York.