Commodities

Petróleo fecha em queda pressionado por receios com demanda

O mercado operou em compasso de espera diante das expectativas em torno da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados)

Foto: Petróleo/CanvaPro
Foto: Petróleo/CanvaPro

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (29), pressionados por preocupações com o aumento da oferta global. Os preços chegaram a ensaiar alta no início da sessão, após o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA suspender tarifas impostas durante o governo Donald Trump. Mais tarde, ganharam novo impulso com a divulgação da pesquisa semanal sobre os estoques de petróleo no país, mas continuaram em território negativo.

No fechamento, na Nymex, o contrato do petróleo WTI para julho caiu 1,46%, a US$ 60,94 o barril. Já o Brent para agosto, negociado na ICE, recuou 1,51% (US$ 0,97), para US$ 63,35 o barril.

O mercado opera em compasso de espera diante das expectativas em torno da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados). A reunião ministerial da Opep e de países não pertencentes ao grupo terminou com um acordo para manter as cotas de produção até 2026. Segundo o InfoMoney, a decisão foi tomada antes da reunião ampliada da Opep+, na qual os oito países que haviam feito cortes voluntários adicionais devem decidir elevar a produção — embora o tamanho desse aumento ainda não esteja definido.

Impacto da produção e demanda no mercado de Petróleo

“A decisão de aumentar a produção provavelmente continuará exercendo pressão de baixa sobre os preços do petróleo no médio prazo”, disse Kenny Zhu, analista da Global X, ao InfoMoney. Contudo, ele pondera que “a demanda por petróleo tem se mantido relativamente sólida em relação às expectativas, o que pode ajudar a absorver parte do aumento de produção”.

Na parte da manhã, o relatório do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para o primeiro trimestre de 2025 foi revisado, mostrando uma queda menor do que o estimado anteriormente. Ainda assim, no início da tarde, os contratos futuros da commodity aceleraram a queda para quase 2%, após o diretor da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmar que a demanda por petróleo na China está “consideravelmente fraca”.