A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve a previsão para o crescimento da demanda global pelo petróleo este ano, no número estimado de 1,45 milhão de barris por dia (bpd).
Caso a previsão se confirme, o consumo global de petróleo somaria 105,2 milhões de bpd em 2025, conforme relatório mensal divulgado nesta quarta-feira (15).
A estimativa da Opep é que em 2026, a demanda tenha aumento de 1,43 milhão de bpd na demanda, a 106,63 milhões de bpd.
Os países que integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) devem registrar aumento de cerca de 110 mil bpd este ano e de aproximadamente 120 mil bpd no próximo, conforme projeção da Opep.
Enquanto isso, fora da OCDE, espera-se uma alta próxima de 1,34 milhão de bpd em 2025 e de 1,31 milhão em 2026.
Já nos países fora da Opep+, a estimativa segue sendo de aumento da oferta de petróleo em 2025, em 1,11 milhão de bpd. De acordo com o cartel, as maiores contribuições serão dos EUA, Brasil e Canadá.
Com isso, a organização espera que a produção de petróleo fora da Opep+ some 54,28 milhões de bpd neste ano, antes de avançar mais 1,1 milhão de bpd no próximo, a 55,38 milhões de bpd em 2026, de acordo com o “InfoMoney”.
Além disso, no relatório a Opep informou que a produção da Opep+ caiu 14 mil bpd em dezembro ante novembro, para uma média de 40,65 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias. A Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep são os que englobam a Opep+.
Kremlin: sanções dos EUA contra petróleo desestabilizará mercados
O Kremlin afirmou nesta segunda-feira (13) que a última rodada de sanções dos EUA contra o setor de energia russo corre o risco de desestabilizar mercados globais de petróleo e energia, e Moscou fara todo o possível para minimizar o impacto.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Washington está tentando prejudicar as empresas russas. Ele disse que a Rússia vai monitorar a situação e prestará suporte as empresas para se adaptarem, as informações foram apuradas pelo portal InfoMoney.
O Departamento do Tesouro dos EUA impôs penalidades mais amplas ao petróleo russo na sexta-feira (10), tendo como alvo as produtoras Gazprom Neft e Surgutneftegaz, bem como 183 embarcações que transportaram petróleo russo.
A medida teve como objetivo reduzir as receitas da Rússia para financiar a guerra com a Ucrânia. Uma autoridade dos EUA disse que as sanções podem custar à Rússia bilhões de dólares por mês se forem suficientemente aplicadas.