
Os preços do petróleo podem registrar alta de até US$ 1 por barril nas negociações de segunda-feira (6), após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) anunciar que aumentará a produção em 137 mil barris por dia (bpd) a partir de novembro.
A projeção é de Scott Shelton, analista do TP ICAP Group, que avalia o reajuste como modesto, principalmente após as recentes quedas nas cotações internacionais — o Brent recuou 8,1% e o WTI, 7,4%, na semana passada, em meio à expectativa pela decisão do grupo.
Atualmente, o preço do barril está abaixo dos picos de US$ 82 registrados em 2025, mas ainda se mantém acima dos US$ 60 observados em maio.
Opep+ e a produção de petróleo
A Opep+, que reúne países-membros da organização, a Rússia e outros produtores aliados, já ampliou sua produção total em mais de 2,7 milhões de barris por dia neste ano — o equivalente a cerca de 2,5% da demanda global.
Segundo Jorge Leon, vice-presidente sênior da Rystad Energy, o grupo tem adotado uma postura cautelosa:
“A Opep+ tomou cuidado depois de testemunhar o quanto o mercado ficou nervoso… O grupo está andando na corda bamba entre manter a estabilidade e recuperar participação de mercado em um ambiente de excedentes”. As informações são do portal Investing.
Opep+ deve aumentar produção de petróleo em novembro
A Opep+ deve anunciar um novo aumento na produção de petróleo a partir de novembro deste ano, mês em que o grupo vai se reunir. As informações foram obtidas pela Reuters, que citou fontes familiarizadas com as discussões.
A Arábia Saudita está pressionando por uma elevação maior da produção. A finalidade é recuperar participação de mercado, ao passo que a Rússia prefere um aumento mais modesto para evitar pressionar os preços do petróleo.
Moscou sugeriu manter o mesmo aumento de outubro, em 137 mil barris por dia (bpd), em parte devido à sua capacidade limitada de ampliar a produção por causa das sanções relacionadas à guerra na Ucrânia, acrescentou o relatório.