Commodities

Petróleo: produção cai 3,25% em agosto na comparação anual

Segundo a ANP, diferentemente do petróleo, a produção de gás natural cresceu no mês de agosto, indo para um total de 159,7 milhões de metros cúbicos

Foto: Freepik
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A produção de petróleo brasileira registrou uma queda de 3,5% em agosto, ante o mesmo período de 2023, ao chegar à marca de 3,340 milhões de barris por dia. A informação foi divulgada nesta terça-feira (1º) por meio do boletim mensal da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Segundo a ANP, diferentemente do petróleo, a produção de gás natural cresceu no mês de agosto, indo para um total de 159,7 milhões de metros cúbicos, um aumento de 8% na base anual.

A produção total de agosto, somando gás e petróleo, foi de 4.345 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O pré-sal respondeu por 79,7% do total, conforme indicado a agência, com 3,463 milhões de barris de óleo equivalente, um crescimento de 5,5% tanto na comparação anual quanto na comparação mensal, como destacado o “Valor”.

Ainda segundo dados da ANP, o aproveitamento de gás natural em agosto foi de 97,8%. Além disso, foram disponibilizados ao mercado 54,33 milhões de metros cúbicos por dia, e a queimada foi de 3,61 milhões de metros cúbicos por dia.

Petróleo avança com possível ataque do Irã a Israel

Os preços dos contratos futuros de petróleo recuperaram as perdas anteriores e registraram uma alta superior a 2%, impulsionados por informações de que o Irã está se preparando para lançar um míssil contra Israel e se envolver no conflito no Oriente Médio, uma situação que pode impactar a produção da commodity.

Por volta das 13h50, o petróleo Brent (tipo vendido pela Petrobras) para dezembro avançava 2,75% a US$ 73,65 por barril na Intercontinental Exchance (ICE), e o petróleo WTI para novembro tinha alta de 2,89% a US$ 70,14 na New York Mercantile Exchange (NYmex). De acordo com agências internacionais de notícias, os EUA suspeitam que o Irã esteja se preparando para um ataque iminente com mísseis direcionados a Israel.

“O Irã, que apoia o Hezbollah no Líbano financeira e militarmente, até agora evitou anunciar um ataque retaliatório”, diz o analista de commodities do Commerzbank, Carsten Fritsch. Segundo ele, um confronto direto entre Irã e Israel deve ter impactos no fornecimento de petróleo.

Oriente Médio: conflitos devem pesar na Bolsa, apesar de alta no petróleo 

Na escalada dos ataques bélicos que tomam conta de alguns países do Oriente Médio, há um contraste que, de forma indesejável, revela que os danos da guerra também refletem em ganhos e perdas para a Bolsa brasileira, sendo o segmento de petróleo o mais afetado. 

O conflito armado que se estende na região tomou conta do Líbano na semana passada, quando pagers e walkie-talkies do Hezbollah explodiram simultaneamente em redutos do movimento no país. A ação foi atrelada à Israel e o Mossad, seu serviço de inteligência, que desde então tem lançado bombardeios à capital libanesa, Beirute. 

Especialistas consultados pelo BP Money explicaram que esse novo foco de conflito no Oriente Médio, junto à instabilidade geopolítica, gera um temor de que os países produtores e os navios transportadores de petróleo sejam afetados, o que leva a oscilações nos preços da commodity.