Opep+

Petróleo recua após notícias de que Arábia Saudita quer acelerar oferta

Principal exportador global da commodity, a Arábia Saudita reduziu os preços do petróleo do tipo Arab Light para compradores asiáticos

Brava Energia
Petróleo / Foto: Freepik

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira (4), após dois dias consecutivos de alta, pressionados por uma notícia da Bloomberg de que a Arábia Saudita deseja que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) siga aumentando a oferta de petróleo de forma acelerada nos próximos meses.

Principal exportador global da commodity, a Arábia Saudita também reduziu os preços do petróleo do tipo Arab Light para compradores asiáticos.

Queda nos preços e reações do mercado

No fechamento, na Nymex (New York Mercantile Exchange), o contrato do petróleo WTI para julho caiu 0,88%, encerrando a US$ 62,85 o barril. De acordo com o Investing, o Brent para agosto, negociado na ICE (Intercontinental Exchange), recuou 1,17% (US$ 0,77), para US$ 64,86 o barril.

Mais cedo, os contratos tiveram reação moderada aos dados de estoques dos EUA, que apontaram queda além do previsto nos níveis estocados de petróleo e aumento inesperado nas reservas de gasolina e destilados.

Governo mira petróleo e pode custar caro à Petrobras (PETR4), avalia XP

governo federal, em mais uma tentativa de “arrumar a casa” no campo fiscal, lançou uma proposta para arrecadar até R$ 35,25 bilhões junto ao setor de petróleo e gás entre 2025 e 2026. O movimento gerou reações imediatas no mercado financeiro, já que as medidas envolvem aumento da carga tributária e antecipações de receita.

Essa nova frente de incerteza preocupa investidores e deve pressionar o desempenho das companhias do setor nas próximas semanas — incluindo uma das empresas com maior peso no Ibovespa, a Petrobras (PETR4).

O pacote do governo, discutido entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), deve incluir alterações nas regras da participação especial (SPT), revisão no cálculo do preço de referência do petróleo, leilões de áreas ainda não contratadas e acordos em campos como Jubarte e Sapinhoá.