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Petróleo recua com atenção às medidas de Trump

Uma emergência nacional foi anunciada por Trump para aumentar a produção de energia e reverter as políticas de combate às mudanças climáticas

Foto: CanvaPro / petróleo
Foto: CanvaPro / petróleo

O mercado levou todas as atenções desta sessão à posse de Donald Trump como presidente dos EUA. Com a primeira sinalização e medidas da nova administração para o setor energético, os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (20).

Uma emergência nacional foi anunciada por Trump. O objetivo é aumentar a produção de energia e reverter as políticas do ex-presidente Joe Biden com o combate às mudanças climáticas.

Os EUA deixarão o Acordo de Paris, conforme anunciou a Casa Branca. Além disso, no radar, esteve ainda a redução das tensões no Oriente Médio após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que também ajudaram a derrubar o petróleo.

No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), às 15h15 (horário de Brasília), o petróleo WTI para março operava em queda de 1,24% (US$ 0,96), a US$ 76,43 o barril, enquanto o Brent para mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,79% (US$ 0,64), a US$ 80,15 o barril.

Uma das promessas de Trump, em discurso de posse no Capitólio, foi completar a reserva estratégica de petróleo do país. “Vamos perfurar, baby, perfurar”, afirmou o presidente dos EUA, em referência a uma frase que tem repetido em que sinaliza os planos de liberar a perfuração de poços petrolíferos.

Trump pode mudar sanções ao petróleo russo para facilitar acordo

Uma estratégia de sanções abrangentes para facilitar um acordo diplomático entre a Rússia e a Ucrânia nos próximos meses está sendo elaborada por assessores do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Ao mesmo tempo, a pressão sobre o Irã e a Venezuela estão sendo intensificadas, afirmaram fontes familiarizadas com o assunto, segundo a “Bloomberg”.

Sanções consideradas as mais disruptivas ao comércio de petróleo da Rússia, quando comparadas àquelas aplicadas por qualquer potência ocidental até o momento, foram impostas pelo governo Biden na sexta-feira (10). 

O movimento levantou uma questão em aberto sobre como Trump vê essas sanções, por conta da sua promessa de encerrar rapidamente a guerra na Ucrânia.

A equipe de Trump considera duas abordagens principais. Um conjunto de recomendações de políticas considera medidas de boa-fé para beneficiar os produtores de petróleo russos sancionados, que poderiam ajudar a selar um acordo de paz, disseram as fontes.

Além disso, uma segunda opção se basearia nas sanções, aumentando ainda mais a pressão para aumentar a influência, afirmaram as pessoas próximas ao assunto, segundo o jornal.

O mercado global de petróleo será afetado de maneiras diferentes, dependendo da abordagem que Trump escolher no final. Desde que as medidas de Biden foram anunciadas, os futuros do Brent ganharam quase US$ 5 por barril. 

Os ganhos adicionais foram antecipados por alguns analistas, algo que elevaria os custos de combustível em todo o mundo.