Na sessão desta segunda-feira (09), os preços do petróleo dispararam e estão subindo mais de 1,5%, por conta da pressão nas incertezas do mercado, causadas pelas tensões no Oriente Médio após rebeldes tomarem a capital da Síria e o presidente Bashar al-Assad fugir para a Rússia.
Por voltas das 13h15 (horário de Brasília), o barril Brent subia 1,79%, aos US$ 72,40. Enquanto o WTI, no mesmo horário, avançava 2,19%, a US$ 68,68 o barril.
Na Bolsa brasileira, uma das ações que se beneficiam desse cenário são as da Petrobras (PETR3;PETR4). Por volta das 14h42 (horário de Brasília) os papéis ordinários PETR3 cresciam 2,59%, ao passo que os preferenciais PETR4 avançavam 2,18%.
O governo de Bashar al-Assad na Síria caiu neste domingo (8) quando as forças rebeldes tomaram a capital e declararam Damasco “livre”.
Assad e sua família fugiram da Síria e se refugiaram em Moscou, capital da Rússia, segundo informações da mídia estatal russa TASS, citando uma fonte no Kremlin.
Petróleo desbanca soja e lidera exportações brasileira
No acumulado de janeiro a novembro, o petróleo se tornou o principal produto da exportação brasileira, um desempenho inédito para o período desde o início da série histórica da balança comercial, em 1997, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A soma do embarque do petróleo no período foi de US$ 42,76 bilhões nos 11 meses em 2024, com avanço de 9,5% contra iguais meses do ano passado.
A soja passou para o segundo lugar do ranking, após liderar a exportação brasileira em 2023, com soma de US$ 42,08 bilhões até novembro, uma queda de 17,9% em relação ao ano passado.
Já o minério de ferro, cuja principal comercialização vem da Vale (VALE3), ficou em terceiro lugar e somou US$ 27,64 bilhões em exportação, com alta de 2%, na mesma base de comparação, de acordo com o “Valor”.
Por conta de questões sazonais de safra, a soja já está no fim, com isso, espera-se que o petróleo feche 2024 na liderança das exportações brasileiras. Segundo dados da Secretaria, a média diária de exportação do grão em novembro foi de US$ 58,56 milhões, ao passo que a do petróleo foi de US$ 238,22 milhões.
]Diante desse cenário, a parte do petróleo na exportação total brasileira avançou de 12,6%, em 2023, para 13,7%, em 2024. Já a participação da soja caiu de 16,5% para 13,5%, também no intervalo de janeiro a novembro.