Mercado

Petróleo tem leve queda na semana com preocupações sobre demanda

Os futuros do Brent caíram US$ 0,03, a 93,27 dólares o barril, recuando 0,3% na semana

Os preços do petróleo registraram uma queda nesta semana, influenciados pela realização de lucros e pelo equilíbrio entre as preocupações relacionadas à oferta, devido à proibição de exportação de combustível pela Rússia, e as preocupações quanto à demanda, com possíveis aumentos nas taxas de juros no futuro.

Nesse sentido, os futuros do Brent caíram US$ 0,03, a 93,27 dólares o barril, sendo assim, recuaram 0,3% na semana, quebrando uma sequência de três semanas de ganhos.

Já os futuros do petróleo nos EUA (WTI) apresentaram um aumento de US$ 0,40 nesta sexta-feira (22), equivalente a 0,5%, atingindo o valor de 90,03 dólares por barril. Isso ocorreu com a redução na contagem de sondas de perfuração de petróleo nos EUA. Contudo, ao longo da semana, o índice de referência registrou uma leve queda de 0,03%, marcando a primeira diminuição em quatro semanas.

“Os investidores estão prevendo uma queda na demanda em outubro, à medida que as refinarias entrarem em manutenção e uma taxa de juros mais alta pressionar ainda mais os mercados”, afirmou Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociação do BOK Financial, acrescentando que também houve alguma realização de lucros.

Nas três semanas anteriores, os contratos subiram mais de 10% devido a crescentes preocupações acerca da oferta limitada.

Além disso, as autoridades do Federal Reserve dos EUA (Fed) emitiram alertas acerca de possíveis aumentos adicionais das taxas, apesar de terem decidido, em uma reunião nesta semana, manter inalterada a taxa básica de juros dos fundos federais.

Petrobras (PETR4): preços serão ajustados na hora certa, diz CFO

Petrobras (PETR3;PETR4) segue com sua política de suprimir a volatilidade dos preços de curto prazo dos combustíveis, mesmo após a recente alta do petróleo. Segundo o CFO Sergio Caetano Leite, em entrevista ao Broadcast, a companhia realizará reuniões com analistas de mercado para aliviar as preocupações.

De acordo com o executivo, a Petrobras segue “confortável” com a importação de combustíveis e não ultrapassou os limites de seu “túnel de volatilidade” para o petróleo. Ele acrescentou que a empresa está cumprindo suas metas em termos de rentabilidade. 

Com o petróleo acima de US$ 90 o barril, investidores ficaram em alerta com a possibilidade da estatal voltar a subsidiar combustíveis como já fez no passado. 

“O petróleo começa a escalar, todos os analistas começam a ligar para a Petrobras”, afirmou Leite, pontuando que a real preocupação é se Brasília ainda controla o preço da estatal. 

“O mercado vai gradativamente observar que a estratégia da Petrobras é aumentar na hora que tiver que aumentar”, concluiu.

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