O grupo Petrópolis teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (13). A decisão foi emitida pela juíza Elisabete Longobard, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, com a Petrópolis sendo representada pelo escritório Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo e Cotta Advogados.
A solicitação da Petrópolis foi realizada no fim de março.
O grupo contou que a “redução do volume de vendas, da receita e das margens veio acompanhada do aumento incessante da taxa Selic”, que “gera um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa” do grupo.
A juíza determinou “a suspensão de todas as ações ou execuções contra as requerentes”, afirmou na decisão. A magistrada concedeu 60 dias para a companhia apresentar o plano de recuperação.
De acordo com a Petrópolis, as dívidas somam R$ 4,2 bilhões, sendo 48% de débitos financeiros e 52% com fornecedores e terceiros.
Petrópolis pede e Justiça penhora R$ 71 mi do Santander (SANB11)
A pedido do Grupo Petrópolis, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a penhora de R$ 71 milhões em contas vinculadas do Santander (SANB11), como forma de garantir o pagamento dos salários dos trabalhadores da cervejaria.
Conforme informações do “Valor Econômico”, os valores estavam depositados em contas na modalidade vinculadas e deveriam ter sido transferidos para contas de livre-movimento para a realização do pagamento de 24 mil salários entre ontem e hoje.
O montante penhorado pela Justiça representa R$ 31,8 milhões em contas vinculadas do banco, R$ 33,5 milhões disponíveis em contas de livre-movimento, além de uma multa de 10%. A juíza Elisabete Franco Longobardi determina ainda que estão “vedadas novas apropriações sobre os valores destinados para esta finalidade”.
A Justiça do Rio já havia concedido à Petrópolis no início desta semana, no âmbito de seu pedido de recuperação judicial, que os valores em contas correntes fossem retidos como forma de manter o caixa da cervejaria.