Petrorecôncavo (RECV3) fecha sexta em alta após perdas seguidas

A recuperação do dia não foi capaz de reverter o resultado negativo da Petrorecôncavo no acumulado da semana, já que a petroleira amargou queda de 21,55% no período

Após sucessivos resultados negativos na bolsa, as ações da Petrorecôncavo (RECV3) fecharam em alta nesta sexta-feira (17). A companhia reagiu e cresceu 2,75%, com papéis cotados a R$ 21,30. 

Apesar do resultado, a recuperação do dia não foi capaz de reverter o resultado negativo da Petrorecôncavo no acumulado da semana, já que a petroleira amargou queda de 21,55% no período. O desempenho é atribuído a forte baixa na cotação do petróleo e o temor causado pela crise no Credit Suisse. 

Por conta das baixas, a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI alteraram a recomendação das ações de Petroreconcavo de Compra para Neutro e reduziram o preço-alvo de R$ 37 para R$ 30 – o que representa um potencial de alta de 35% em relação ao fechamento de ontem.

“Vemos agora a RECV3 negociando a 3,4x o múltiplo EV/EBITDA para 2023 e 5,5x P/L, com um prêmio de 48% para a PRIO (Compra, preço-alvo de R$ 51). A nosso ver, a RECV3 não deveria ter um prêmio de avaliação sobre PRIO3, uma vez que esta última tem maior potencial de crescimento e um histórico mais consolidado. Um risco importante para nosso rebaixamento seria uma recuperação nos preços do petróleo (que provavelmente sofrerão no curto prazo), embora, nesse caso, preferíssemos outros nomes, como PRIO ou 3R”, descrevem os analistas Vicente Falanga, do BBI, e Ricardo França, da Ágora, em relatório divulgado hoje.

 

Ibovespa encerra em baixa, puxado por exterior; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a sexta-feira (17) em queda de 1,40%, aos 101.981 pontos. O dólar avançou 0,58% aos R$ 5,27.

No cenário local, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta sexta-feira o tão aguardado projeto do novo arcabouço fiscal, proposta que busca substituir o atual teto de gastos como ferramenta de controle dos gastos públicos.

Os investidores brasileiros ainda repercutiram a taxa de desemprego do País, que ficou em 8,4% no trimestre móvel que corresponde de novembro a janeiro, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No exterior, os agentes financeiros estrangeiros continuaram repercutindo a crise bancária nos EUA. Nesta sexta-feira, o First Republic Bank (FRB) recebeu um socorro dos principais credores dos EUA de US$ 30 bilhões. A injeção de capital visa reforçar as finanças da instituição, que passa por fragilidades depois da quebra do Signature Bank e do SVB (Silicon Valley Bank).

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caíram 0,04% e 0,04%, respectivamente. Prio (PRIO3) recuou 1,23%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, Vale (VALE3) avançou 1,76%, a R$ 83,19. Gerdau (GGBR4) registrou baixa, caindo 1,74%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,29%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) caíram 2,33% e 1,16%, respectivamente. Bradesco (BBCD4) recuou 3,74%, enquanto Santander (SANB11) desabou 3,93%.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,83%. Diferente do Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) não se mexeram. Via (VIIA3) também não apresentou quedas ou ganhos.

3R Petroleum (RRRP3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 16,18%. Logo atrás, EcoRodovias (ECOR3) e BRF (BRFS3) registraram altas de 9,07% e 4,33%, respectivamente.

Já na ponta negativa, a Hapvida (HAPV3) liderou as perdas, caindo 10,23%. Em seguida, vieram Eztec (EZTC3) e Cyrela (CYRE3), com perdas de 9,52% e 7,41%.

Seguindo o Ibovespa, os principais índices europeus caíram nesta sexta-feira O índice DAX, de Frankfurt, caiu 1,33%, enquanto o FTSE 100, de Londres, recuou 1,01%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 desvalorizou 1,26%. Em Wall Street, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram 1,19%, 1,12% e 0,74%, respectivamente.

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