As redes de produtos e serviços para animais de estimação, Petz (PETZ3) e a Cobasi chegaram a um acordo para fundir seus negócios, uma transação amplamente esperada pelo mercado. A fusão promete trazer significativas sinergias de receita e custos, conforme informações divulgadas pela Brazil Journal na manhã desta sexta-feira (19).
As duas empresas firmaram um memorando de entendimento (MOU) não vinculativo para a fusão de seus negócios. A conclusão da transação ainda está sujeita a diligências, que devem ser finalizadas nos próximos 2 a 3 meses.
Fusão entre Petz e Cobasi
A empresa resultante da fusão terá um faturamento combinado de R$ 6,9 bilhões (R$ 3,8 bilhões da Petz e R$ 3,1 bilhões da Cobasi), além de 483 lojas (249 da Petz e 234 da Cobasi), um Ebitda de R$ 464 milhões (R$ 267 milhões da Petz e R$ 197 milhões da Cobasi) e uma posição de caixa líquido de R$ 209 milhões.
Isso ocorre porque a Petz tem uma dívida líquida de R$ 23 milhões, enquanto a Cobasi possui um caixa líquido de R$ 232 milhões.
Sendo assim, a fusão cria um player líder de mercado em um setor em crescimento acelerado, reduzindo as pressões competitivas e promovendo uma maior racionalidade de preços no setor.
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As duas companhia identificam quatro principais áreas de sinergia na fusão: a maximização das vendas cruzadas de produtos de marca própria e serviços; a otimização do plano de expansão de lojas; os ganhos de eficiência nas rotas de comércio eletrônico e centros de distribuição; e a redução das despesas gerais e administrativas.
Transação
A relação de troca na transação atribui um preço por ação de R$ 7,10 para a Petz, mais que o dobro do valor pelo qual o papel encerrou ontem na Bolsa (R$ 3,50).
A esse preço, a avaliação da Petz fica em torno de R$ 3,3 bilhões, com um múltiplo implícito EV/Ebitda de 12,4x. Enquanto isso, a Cobasi foi avaliada com um desconto, a 10,9x o Ebitda do ano passado, resultando em um valor de mercado de R$ 2,1 bilhões.
Como parte do acordo, a Cobasi também realizará um pagamento em dinheiro de R$ 450 milhões aos acionistas da Petz. Esse montante será financiado por uma injeção de capital primário pré-transação fornecida pela família Nassar e pelo Kinea.
