PIB supera as expectativas e cresce 1,9% no 1T23

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, comentou sobre os dados divulgados nesta quinta-feira (1)

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foram divulgados nesta quinta-feira (1), em que apresentou um crescimento de 1,9% no primeiro trimestre deste ano frente ao trimestre anterior. 

Nesse sentido, o  PIB chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao comparar com o primeiro trimestre do ano passado, o índice apresentou um crescimento de 4%.

Para o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, os dados convergem com a narrativa de que as projeções de mercado devem ser revisadas para cima.

“Converge com a projeção do Boletim Focus, para uma projeção de PIB cada vez maior, ou seja, já começamos a flertar com o PIB acima de 1,5% para 2023, inclusive algumas casas de análises estão projetando 2% de crescimento para 2023”, destacou Spiess. 

Desse modo, o analista afirmou que essa perspectiva é muito positiva para o Brasil, uma vez que conseguiria passar por esse momento de conturbação global e alta da taxa de juros, sem que houvesse uma recessão dura, por mais que nós tenhamos sinais de desaceleração.

“Estamos em um patamar de economia que não é tão negativo, como poderia pressupor a priori com uma taxa de juros tão alta”, afirmou o analista.

Dados do PIB

“Se observarmos, tem um grande nome nesse resultado, o PIB da agropecuária”, destacou, que subiu 21,6% neste trimestre acima do esperado, isso representa a maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996. 

Os dados de serviços, por sua vez, subiram 0,6%, uma projeção ruim para o setor, destacou Spiess. 

Em nota, a Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, destacou que problemas climáticos impactaram negativamente a Agropecuária ano passado, entretanto, neste ano, há uma previsão de safra recorde de soja, que representa aproximadamente 70% da lavoura no trimestre, com crescimento de mais de 24% de produção.