A Fitch Ratings prevê crescimento para a maioria das economias latino-americanas em 2024, com exceção da Argentina, que deverá enfrentar contração. Contudo, a expansão do PIB da região deve desacelerar para 1,4% neste ano, em comparação com a média de 2,2% em 2023.
De acordo com a agência de classificação de risco, esse será o desempenho mais fraco entre os mercados emergentes, conforme informado na quarta-feira (21).
A agência alertou que os riscos fiscais para a América Latina estão crescendo, observando que os déficits substancialmente elevados do primeiro semestre podem levar a uma deterioração das previsões fiscais para 2024 e além.
A Fitch prevê que os déficits continuarão acima dos níveis necessários para estabilizar a dívida na maioria dos países da região.
Ainda projeta que o déficit médio dos países da América Latina será de 1,5% do PIB em 2024, um aumento em relação aos 1,4% registrados em 2023.
No entanto, a Fitch ressalta, que, em sua maioria, os amortecedores externos e as opções de financiamento permanecem robustos na região.
PIB de 2024: apostas de expansão sobem para 2,5%
Embora o último Boletim Focus do BC (Banco Central), divulgado na segunda-feira (12) tenha apontado expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2,2% este ano, economistas já apostam em uma expansão maior, na casa dos 2,5%.
A mudança veio com os números fortes da atividade econômica em junho. Com isso, a estimativa de alguns especialistas para o PIB se aproximam, até mesmo, de número em torno de 3%, segundo o “Valor”.
Ao longo da semana o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgou resultados das pesquisas do varejo e serviços brasileiros em junho, indicadores considerados para os cálculos do PIB.
Além disso, um indicador ainda mais relevante, o IBC-Br de junho, índice de atividade do BC, considerado a prévia do PIB, também foi divulgado na sexta-feira (16). O número mostrou expansão de 1,4% no período, muito maior que os 0,5% esperados.
Desse modo, a expansão da economia em 2024 pode ficar próxima da sugestão de Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda.
“Brevemente, devemos rever o crescimento da economia brasileira para além dos 2,5% previstos [pela Secretaria de Política Econômica]”, disse Haddad no início da semana durante um evento da Warren Investimentos, em São Paulo.