2T24

PIB pode ter avanço robusto apesar do impacto de desastre no RS

O consenso aponta para um crescimento de 0,9% no segundo trimestre, superando os 0,8% registrados entre janeiro e março

PIB para 2024
PIB para 2024 / Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Com o setor agropecuário impulsionando os resultados nos primeiros três meses do ano, economistas projetam que o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo tenham sido os principais motores do crescimento econômico brasileiro no segundo trimestre de 2024.

Apesar dos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul e do início da recuperação, a economia brasileira se manteve aquecida, e o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter registrado uma expansão relevante.

O consenso aponta para um crescimento de 0,9% no segundo trimestre, superando os 0,8% registrados entre janeiro e março. Os dados oficiais serão divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relatório, o Itaú (ITUB4) projeta um crescimento de 1% no PIB do segundo trimestre, com destaque para o setor de serviços na ótica da oferta. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias e os investimentos seriam os principais motores do crescimento.

BofA avalia PIB

Já o Bank of America (BofA) também enxerga uma força contínua no PIB, ressaltando o papel do consumo e dos investimentos como fatores determinantes.

“O PIB do Brasil no segundo trimestre não sentiu os efeitos negativos da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul (RS) no fim de abril e começo de maio. A ajuda financeira do governo federal às famílias, empresas, municípios e ao Estado do RS para a recuperação do estado deve ter se sobreposto às perdas inicialmente calculadas”, destaca Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.com.

Se a previsão consensual se confirmar, a leitura pode indicar que os impactos que ameaçavam a atividade foram superestimados.

Segundo Igor Cadilhac, economista do PicPay, apesar da tragédia no Rio Grande do Sul, cujo impacto foi menor do que o inicialmente esperado, a atividade econômica tem superado as expectativas. O economista projeta um crescimento de 0,9% no PIB do segundo trimestre.

“Pelo lado da oferta, o setor de serviços deverá ser o principal destaque, com um crescimento de 0,8%, impulsionado por atividades relacionadas às famílias, que se beneficiam do bom momento do mercado de trabalho. A indústria, com um avanço estimado de 0,9%, também deve apresentar um desempenho positivo, principalmente devido à recuperação da transformação desde o início do ano”, destaca Cadilhac.