O Índice Gerente de Compras (PMI) de Serviços se recuperou da queda registrada em agosto e avançou para 55,8 em setembro, informou a S&P Global nesta quinta-feira (3).
Com o novo dado de serviços, o PMI composto, que agrega o desempenho da indústria, avançou de 52,9 em agosto para 55,2 em setembro.
Segundo a pesquisa, as expectativas em relação às perspectivas da atividade de serviços para o próximo ano atingiram o nível mais alto em mais de um ano, mas a criação de empregos recuou.
Já os índices de preços mostraram aumentos mais brandos nos custos de insumos e preços de venda, enquanto as taxas de inflação permaneceram acima das suas respectivas médias de longo prazo.
Pollyanna De Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, disse em nota que o trimestre encerrado em setembro foi o mais forte para o setor de serviços desde o segundo trimestre de 2022.
Segundo ela, a recuperação foi impulsionada por uma melhoria significativa nas condições de demanda. Lima também destacou, porém, que o crescimento do emprego desacelerou para o nível mais fraco em sete meses.
“As pressões sobre os custos permaneceram elevadas e a um dos níveis mais altos já registrados em pouco mais de um ano e meio”, pontuou Pollyanna.
PMI industrial do Brasil se recupera e sobe para 53,2 em setembro
O índice de gerentes de compras (PMI) industrial do Brasil mostrou recuperação em setembro, subindo de 50,4 em agosto para 53,2, conforme divulgado nesta terça-feira (1) pela S&P Global. No entanto, devido à desaceleração observada em agosto, a média do PMI no terceiro trimestre foi a mais baixa registrada em 2024 até o momento.
De acordo com a S&P Global, o setor industrial brasileiro apresentou uma melhora considerável, impulsionada por um novo incremento na produção, fortalecimento na criação de empregos e uma aceleração no crescimento das vendas.
As pressões sobre os fornecedores se intensificaram, com os prazos de entrega atingindo o maior nível em mais de dois anos, à medida que as empresas aumentaram significativamente a compra de insumos.
As pressões inflacionárias seguiram elevadas, de acordo com os dados históricos, com os custos de insumos e os preços dos produtos finais registrando uma das maiores taxas de aumento dos últimos dois anos.
“A pressão maior sobre os custos observada na metade do trimestre persistiu no mês de setembro, impulsionada principalmente pela desvalorização cambial”, disse em nota.