O índice de gerentes de compras (PMI) industrial do Brasil mostrou recuperação em setembro, subindo de 50,4 em agosto para 53,2, conforme divulgado nesta terça-feira (1) pela S&P Global. No entanto, devido à desaceleração observada em agosto, a média do PMI no terceiro trimestre foi a mais baixa registrada em 2024 até o momento.
De acordo com a S&P Global, o setor industrial brasileiro apresentou uma melhora considerável, impulsionada por um novo incremento na produção, fortalecimento na criação de empregos e uma aceleração no crescimento das vendas.
As pressões sobre os fornecedores se intensificaram, com os prazos de entrega atingindo o maior nível em mais de dois anos, à medida que as empresas aumentaram significativamente a compra de insumos.
As pressões inflacionárias seguiram elevadas, de acordo com os dados históricos, com os custos de insumos e os preços dos produtos finais registrando uma das maiores taxas de aumento dos últimos dois anos.
“A pressão maior sobre os custos observada na metade do trimestre persistiu no mês de setembro, impulsionada principalmente pela desvalorização cambial”, disse em nota.
PMI do Brasil: indústria perde força em maio com crise no RS
Em maio, o PMI (Índice de Gerentes de Compras) da indústria brasileira, compilado pela S&P Global, caiu a 52,1, de 55,9 em abril, permanecendo acima da marca que separa crescimento de contração.
O Índice, divulgado na manhã desta segunda-feira (3), revelou que a indústria brasileira apresentou uma leve perda em seu vigor no mês de maio, impactada pelas enchentes do Rio Grande do Sul, além do fechamento de empresas.
Para somar ao cenário desfavorável, o mercado industrial também observou uma queda nas demandas. Apesar disso, o índice ainda se manteve em um território de expansão pelo quinto mês seguido.
“O PMI ficaria aproximadamente dois pontos mais baixo quando ajustado para as prováveis respostas negativas das empresas sediadas em regiões diretamente impactadas pelas enchentes e portanto incapazes de responder à pesquisa”, apontou a nota.
Ainda segundo a nota da pesquisa, os dados de maio excluem as respostas de entrevistados do Rio Grande do Sul.