Recuperação judicial a caminho

Polishop consegue proteção judicial contra credores

A medida veio em resposta a uma ação cautelar preparatória iniciada pela Polishop, visando uma futura solicitação de recuperação judicial

Polishop
Polishop / Foto: Divulgação

A varejista brasileira Polishop conseguiu na justiça, na última sexta-feira (5), uma proteção contra ordens de despejo das lojas, bloqueios de ativos financeiros e da suspensão de seu site nas plataformas de vendas e marketing.

A medida veio em resposta a uma ação cautelar preparatória iniciada pela Polishop, visando uma futura solicitação de recuperação judicial.

A decisão inclui ainda a ordem para que serviços de marketing e tecnologia, previamente suspensos por inadimplência, sejam reativados em até 24 horas.

A deliberação do Juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da segunda Vara de Falências e Recuperação Judicial, fala em tutela antecipada “enquanto (a empresa) não está apta a apresentar o pedido de recuperação judicial”.

Na ação cautelar, a Polishop menciona 50 processos de despejo ajuizados contra ela somente de 2022 a 2024. A varejista também diz que, desde 2023, ao menos 42 lojas já tiveram as atividades encerradas.

A companhia já conseguiu reduzir seu endividamento bancário de R$ 270 milhões em janeiro de 2022 para R$ 84 milhões em 2024.

Concorrência e pandemia levaram à crise na Polishop

A varejista Polishop é mais uma vítima da concorrência acirrada e dos efeitos da pandemia de Covid-19.

A empresa passou por um processo de reestruturação que reduziu para menos da metade o número de lojas que era de 280, e também o quadro de funcionários.

Em entrevista ao Estadão, João Appolinário, fundador e presidente da empresa, disse que a reestruturação foi importante para lidar com o momento vivido pelo varejo.

“O varejo mudou bastante. A vacância nos shoppings está grande, em alguns lugares, já fomos a única loja do corredor. Se uma operação não é rentável, chegamos a um acordo, mas algumas discussões passam do limite e foram para a Justiça”, afirmou o executivo.

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