Ponta Sul: fim do fundo do 'Monstro do Leblon'

O fundo de investimento privado do ''Monstro do Leblon'' fechou após perdas de mais de R$9 bi em 2022

O Ponta Sul Investimentos fechou nesta terça-feira (22). O fundo que ficou conhecido pelo seu único gestor, Flávio Calp Gondim, mais conhecido como o ‘’Monstro do Leblon’’, passou por momentos difíceis nos últimos dois anos. 

Não é novidade que desde 2020 a história dos mercados financeiros vem mudando completamente, a começar pela pandemia que causou milhares de vítimas e fez com que diversos países tivessem uma paralisação nas suas atividades. Em uma resposta rápida, as bolsas mundiais tiveram grandes quedas, no entanto, com o avanço das vacinas elas conseguiram se reerguer. 

Mas outro inimigo alcançou a economia mundial: a inflação. No ano passado, devido à quebra das cadeias de produção, os juros explodiram e o cenário brasileiro piorou. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, ficou balançado pelas brigas entre o atual governo e o STF. 

É claro que isso atingiria até mesmo os gigantes do investimento, mas ninguém esperava pela queda do ‘’Monstro do Leblon’’. Os estragos foram tão grandes que o fundo conhecido por sua estratégia extremamente arrojada e por operar alavancado em poucos papéis perdeu milhões de reais.  

Em 2021, Gondim atraiu olhares do mercado ao ser eleito como o maior perdedor da bolsa durante a queda dos ativos no início da pandemia, com uma perda de aproximadamente R$ 5 bilhões entre 20 de janeiro e 16 de março. 

 Durante a primeira semana deste ano, Gondim viu seu patrimônio encolher R$ 8,907 bilhões. Isso porque, assim como o investidor, o Banco Inter está passando por dificuldades, em decorrência do avanço dos juros futuros que afetam as empresas do setor de tecnologia. Logo depois, O Inter divulgou um documento informando que a Ponta Sul Investimentos reduziu a fatia que possuía na fintech para 7,37%. 

E não parou por aí, poucos dias depois, a gestora promoveu ‘’leilões’’ onde vendeu R$ 700 milhões em papéis do Banco Inter, a fintech que possuía mais peso no fundo, reduzindo sua participação para 3,94%. 

Segundo os boatos do mercado financeiro, devido ao volume de negociações envolvendo o Banco Inter, outros investidores estariam formando posições contrárias à Ponta Sul, e isso faz os papéis do banco mineiro perderem o valor, forçando o fundo de Gondim a fechar posições. 

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