Só uma ação subiu

Pós-Copom puxa Ibovespa para pior queda desde a posse de Lula

O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (12) com baixa de 2,74%, aos 126.042,21 pontos; o dólar subiu, a R$ 6,00

Ibovespa/Foto: CanvaPro
Ibovespa/Foto: CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (12) com baixa de 2,74%, aos 126.042,21 pontos. O dólar comercial subiu 0,69%, a R$ 6,00.

Após um comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) com postura mais rígida com a política monetária e elevação da Selic (taxa básica de juros) em 1 ponto percentual, o Ibovespa derreteu durante a sessão, sem deixar rastros dos ganhos da véspera.  A desvalorização foi a mais forte des o primeiro pregão sob o governo Lula 3, em 2 de janeiro, quando caiu a 3,02%.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou em alta de 0,22%, a US$ 106,94.

Além de aumentar a Selic, o colegiado deixou claro o guidance para as próximas duas reuniões especificamente, que segundo os membros deve ter decisões da mesma “magnitude”.

“Na minha visão, essa postura do Copom reforça a dificuldade da política monetária em ancorar as expectativas de inflação, o que nas palavras do Comitê, só deve acontecer no segundo trimestre de 2026, se tudo caminhar bem”, reforçou Idean Alves, especialista em mercado de capitais.

No Ibovespa, quem mais sofreu com isso foram as ações do setor varejista, extremamente sensível aos juros. 

“Menos crédito ou a um custo mais alto encarece o negócio delas [varejistas], assim como o aumento de juros afeta empresas altamente alavancadas que passam a ver suas dívidas atuais e futuras ficarem mais onerosas”, disse Alves.

Os segmentos de educação e construção civil também foram arrastados pelas perdas do índice, que, em verdade, dentre todos os 86 papéis da composição teve apenas 1 valorização: a Hapvida (HPAV3).

“A empresa se beneficia da estimativa de reajuste de 5,6% em planos individuais, reduzindo assim a pressão financeira com menores aumentos”, explicou o especialista.

Em um dos setores mais relevantes para o Ibovespa, o de commodities, as perdas foram expressivas para a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR3;PETR4), que também não tiveram apoio da negociação de seus insumos. 

A  Hapvida (HOAV3) foi a única ação em alta do Ibovespa nesta sessão e subiu 2,25%.

Já na ponta negativa, Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) liderou as perdas, caindo 11,02%. Em seguida, vieram Petz (PETZ3) e Magalu (MGLU3), com perdas de 10,55% e 9,01%.

Altas e Baixas do Ibovespa: bancos tradicionais caem

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,69% e 1,79%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 2,24%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 2,89%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,90%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 2,77%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixas de 2,28% e 1,59%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorizações 3,07% e 3,09%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 9,01%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 5,96%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 4,97%.

Índices do exterior fecharam em baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quinta-feira (12). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,15%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,01%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,17%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,54% e 0,66%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,53%.

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