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Powell: Fed tem "longo caminho a percorrer" para reduzir balanço

O Fed já reduziu o tamanho de sua participação em cerca de US$ 1,7 trilhão, mas irá cuidadosamente até um ponto de parada, disse

Jerome Powell
Foto: Divulgação/Fed

Em segundo dia de depoimentos, o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, afirmou que a instituição ainda tem “um longo caminho a percorrer” para reduzir o tamanho de seu balanço patrimonial.

O Fed já reduziu o tamanho de sua participação em cerca de US$ 1,7 trilhão, disse Powell, mas irá cuidadosamente até um ponto de parada para garantir que as instituições financeiras tenham acesso a reservas adequadas.

O banco aumentou seu balanço em resposta à pandemia de Covid-19 para ajudar a suprimir os juros de longo prazo e sustentar a economia.

Atualmente, o Fed está permitindo que até US$ 25 bilhões por mês de seus títulos do Tesouro e 35 bilhões em títulos lastreados em hipotecas expirem à medida que vencem.

Powell: “mais bons dados” impulsionariam corte de juros

Em depoimento ao Congresso nesta terça-feira (9), o presidente do Fed (Federal Reserv), Jerome Powell, disse que dados recentes mostram progressos “modestos” em relação ao alcance da meta de inflação. Powell também destacou que “mais bons dados” reforçariam confiança para corte de juros.

“Após a falta de progresso em direção ao nosso objetivo de inflação de 2% no início deste ano, as leituras mensais mais recentes mostraram progressos adicionais modestos […] mais dados bons fortaleceriam nossa confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável em direção a 2%”, afirmou Powell.

Segundo o presidente da autoridade monetária, o Fed está agora preocupado com os riscos para o mercado de trabalho e para a economia, caso as taxas permaneçam demasiado altas durante muito tempo.

Jerome Powell classificou o desemprego como um “nível ainda baixo”, mas também observou que “à luz do progresso alcançado tanto na redução da inflação como no arrefecimento do mercado de trabalho nos últimos dois anos, a inflação elevada não é o único risco que enfrentamos”.

O banqueiro central avaliou que afrouxar as condições monetárias “muito pouco ou tarde demais” pode enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego.

Por outro lado, reduzir os juros muito cedo ou em demasia pode reverter ou estagnar o progresso da inflação até a meta, disse Powell.