Presidente do Goldman Sachs (GSGI34) anuncia choques sem precedentes na economia

John Waldron, presidente do grupo, alerta para número de choques econômicos “sem precedentes” e chegada de tempos difíceis

O presidente do Goldman Sachs (GSGI34), John Waldron, alertou nesta quinta-feira (02) sobre a chegada de tempos mais difíceis à frente em meio a uma série de choques que abalam a economia global. A declaração foi feita em uma conferência de investidores. Segundo o banqueiro, o ambiente atual é um dos mais “complexos e dinâmicos” que ele já viu em vida. Além disso, Waldron afirmou que a confluência do número de choques no sistema financeiro é “sem precedentes”. 

John Waldron evitou utilizar qualquer analogia com o clima, mas expressou seu medo de que os riscos da inflação, mudanças na política monetária e a invasão da Ucrânia pela Rússia possam afetar a economia global. O banqueiro ainda avisa que o Goldman Sachs espera tempos econômicos mais difíceis.

Ainda nesta quinta-feira, o banqueiro publicou uma nota sobre a capacidade de sua própria empresa de ainda gerar lucros elevados durante a crise econômica global. “Qualquer que seja o ambiente econômico, vamos nos sair bem”, afirmou.

O presidente do Goldman Sachs se destacou como um dos críticos mais severos do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano). No início de 2022, Waldron atacou o Federal Reserve por achar que o Banco Central não estava comprometido e determinado o suficiente para realizar as medidas necessárias para domar a pior inflação norte-americana em 40 anos. 

Os comentários do presidente do Goldman Sachs convergem com o alerta feito pelo CEO do J.P. Morgan, Jamie Dimon. Na quarta-feira (01), Dimon afirmou que um “furacão econômico” está se aproximando, provocado pela guerra entre Rússia e Ucrânia e pela reversão dos estímulos financeiros criados pelo Fed. Os comentários do presidente executivo da J.P. Morgan vieram um dia depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, se reunir com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, para discutir uma inflação que está pairando em máximas de 40 anos.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile