A PRIO (PRIO3) comunicou ao mercado, nesta quinta-feira (1), que a Truxt Investimentos reduziu sua participação na companhia, passando a deter 42,7 milhões de ações, ou seja, 4,82% do capital social da petroleira. A fatia representa uma redução forte de 5,2%.
De acordo com a PRIO, os investidores afirmaram que essas movimentações não tenciona modificar a composição do controle ou estrutura administrativa da petroleira.
Vale destacar que, há dois anos atrás, a Truxt Investimentos detinha em torno de 5% dos papéis da petroleira.
Desse modo, a venda de ações acontece em um cenário de maior pessimismo em relação à demanda de petróleo no mercado internacional, enquanto o mercado brasileiro fica atento em ações que se beneficiam da queda dos juros futuros.
Além disso, na semana passada, a Lormont comunicou ao mercado a redução da sua participação na PRIO, de 62,8 milhões para 31,6 milhões.
Morgan Stanley recomenda compra
As ações da PRIO (PRIO3) receberam recomendação de compra do Morgan Stanley. O banco norte-americano também estipulou um preço-alvo de R$ 55,00 para os papéis da petroleira.
Segundo relatório do Morgan Stanley, a PRIO apresentou um desempenho sólido nos últimos doze meses e está pronta para entregar um crescimento de produção de 70% no médio prazo, após já ter entregado uma expansão de 73% no longo prazo. Por conta disso, a instituição financeira afirma que removeu a maioria das contingências no caso base, embora veja as estimativas de médio prazo como conservadoras.
“Embora seja improvável que a Petrobras (PETR4) venda mais ativos nos próximos quatro anos, as empresas petrolíferas internacionais ainda podem ser vendedoras, e a consolidação dentro do setor também pode ocorrer”, escreveu Morgan Stanley.
A administração da PRIO já mencionou em teleconferências recentes que acredita que a Equinor pode estar interessada em vender sua operação Peregrino após 2025.
Os analistas do banco norte-americano estimam que, caso essa venda aconteça, o ativo da Equinor poderia complementar o portfólio da PRIO na bacia de Campos, adicionando 65% de aumento à produção líquida da PRIO até 2025 e 2026.