As ações da PRIO (PRIO3) receberam recomendação de compra do Morgan Stanley. O banco norte-americano também estipulou um preço-alvo de R$ 55,00 para os papéis da petroleira.
Segundo relatório do Morgan Stanley, a PRIO apresentou um desempenho sólido nos últimos doze meses e está pronta para entregar um crescimento de produção de 70% no médio prazo, após já ter entregado uma expansão de 73% no longo prazo. Por conta disso, a instituição financeira afirma que removeu a maioria das contingências no caso base, embora veja as estimativas de médio prazo como conservadoras.
“Embora seja improvável que a Petrobras (PETR4) venda mais ativos nos próximos quatro anos, as empresas petrolíferas internacionais ainda podem ser vendedoras, e a consolidação dentro do setor também pode ocorrer”, escreveu Morgan Stanley.
A administração da PRIO já mencionou em teleconferências recentes que acredita que a Equinor pode estar interessada em vender sua operação Peregrino após 2025.
Os analistas do banco norte-americano estimam que, caso essa venda aconteça, o ativo da Equinor poderia complementar o portfólio da PRIO na bacia de Campos, acrescentando 65% de aumento à produção líquida da PRIO até 2025 ou 2026.
PRIO (PRIO3) negocia compra de participação de bancos na Enauta
A PRIO (PRIO3) está negociando a compra da participação do Bradesco (BBDC4) e do Santander (SANB11) na Enauta. Os bancos têm cerca de 28% do total da petroleira presidida por Décio Oddone. As informações são de Lauro Jardim, colunista do “O Globo”.
No último mês, a Enauta informou ao mercado que não tinha envolvimento nas discussões entre o seu controlador, a Queiroz Galvão, e seus credores, em um possível processo de conversão de dívida em ações.
Na nota enviada à Enauta, a Queiroz Galvão diz que não tem poderes para interagir diretamente com credores da companhia, e que a situação das ações dadas em garantia não se alterou e não estão sendo objeto de execução neste momento.
De acordo com o “Valor”, a Queiroz Galvão está em negociações com credores, entre eles Bradesco e Santander, para evitar que as ações da Enauta dadas em garantia sejam convertidas em participação acionária e causem perda de controle.
A Enauta possui hoje valor de mercado de cerca de R$ 3 bilhões, queda de 13% em um ano. No ano passado, a companhia registrou receita líquida de R$ 2,2 bilhões, aumento de 20,5% em relação a 2021.