A Prio (PRIO3) comunicou ao mercado, dados preliminares indicando uma produção média de 88,2 mil barris de óleo equivalente por dia (BOED) em junho de 2024. Esse valor representa uma pequena redução de 0,5% em relação ao mês anterior, maio.
Os principais destaques incluem a produção de 46 mil barris de óleo equivalente por dia (BOED) no Campo de Frade, 14,2 mil BOED no Polo Polvo e Tubarão Martelo, e 28 mil BOED no Campo de Albacora Leste, onde a Prio detém uma participação de 90%.
A Prio informou que a produção no Campo de Frade foi impactada devido à parada do poço ODP3 e está aguardando a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para retomar as operações.
No Polo Polvo e Tubarão, a produção foi impactada pelo poço TBMT-8H, cuja operação foi gradualmente interrompida devido a uma falha na bomba centrífuga submersa. A normalização depende da autorização do Ibama.
Desempenho da Prio
Em junho, a Prio vendeu 3,30 milhões de barris de óleo, registrando um aumento significativo de 40,2% em comparação ao mês anterior.
As vendas foram distribuídas da seguinte forma: 1,890 bilhão de barris do Campo de Frade, 474,30 mil barris do Polo Tubarão Martelo, e 983,5 mil barris do Campo de Albacora Leste.
No segundo trimestre de 2024 (2T24), a Prio alcançou uma média de produção de 89,90 mil barris de óleo equivalente por dia (BOED) e comercializou um total de 8,55 milhões de barris de óleo.
Mercado avalia
No trimestre, o Campo de Albacora apresentou um crescimento significativo de 5,9% em relação ao trimestre anterior.
A produção no Campo de Frade aumentou 1,7%, impulsionada pelo desempenho robusto em abril, apesar das paralisações em maio e junho, conforme explicado pelo JPMorgan. Em contrapartida, os campos de Polvo e Tubarão Martelo registraram uma redução de 4,6%, devido aos mesmos motivos mencionados.
A produção consolidada da Prio superou as estimativas da JPMorgan em 3,4%, atingindo 89,9 mil BOED. Esse desempenho foi impulsionado por resultados acima do esperado nos campos de Frade e Albacora. Como resultado, o banco americano prevê uma reação neutra do mercado a esses números.
O Itaú BBA também espera uma reação neutra, embora um tanto esperada, devido às informações disponíveis no site de dados de produção da ANP. Eles destacam o aumento da produção em Albacora Leste, que conseguiu compensar parcialmente a queda na produção de outros campos durante o mês.
O Goldman Sachs afirmou ter visibilidade limitada sobre quando as operações do Ibama poderão retomar seu ritmo normal, o que implica potenciais riscos de queda para suas estimativas de produção nos próximos trimestres.
Apesar disso, o banco mantém sua recomendação de compra e continua a preferir a PRIO entre as empresas de energia que cobre. No entanto, espera que o momento permaneça fraco até que o Ibama volte ao ritmo normal de trabalho.