A PRIO (PRIO3) reportou uma produção diária média de 67,6 mil barris de petróleo por dia (bpd) em julho, uma queda significativa de 23,2% em relação aos 88,2 mil bpd do mês anterior.
Comparando com os números consolidados recorrentes, a produção havia ultrapassado 100 mil bpd em dezembro do ano passado.
As vendas somaram 1,8 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em julho de 2024, uma queda de 44,9% em comparação com os 3,3 milhões registrados em junho.
Genial avalia PRIO
A Genial Investimentos considera os dados operacionais negativos, pois a produção ficou em níveis decepcionantes por motivos semelhantes aos do mês anterior.
Dois de seus ativos apresentaram apenas metade de sua produção histórica, sendo que, em pelo menos um deles, o retorno à produção normalizada continua prejudicado pela greve no IBAMA, devido à falta de autorizações para a empresa prosseguir com seu plano de redesenvolvimento.
Para a Genial, o principal impacto negativo do trimestre veio do Cluster Polvo + TBMT, cuja produção caiu para 9,8 mil bpd, em comparação com 14,2 mil bpd no mês anterior.
Produções interrompidas
Segundo a PRIO, três poços do ativo tiveram suas produções interrompidas devido a uma falha na Bomba Centrífuga Submersa da operação e ainda aguardam a aprovação do IBAMA para reiniciar o plano de revitalização.
A Albacora Leste, por sua vez, teve uma parada programada de 13 dias e já retomou suas operações de forma gradual.
BBA avalia
Assim como a Genial, o Itaú BBA classifica a prévia operacional como negativa.
Embora a parada para manutenção no campo de Albacora Leste tenha sido planejada e mencionada pela empresa nos últimos meses, o banco acredita que a extensão de seu impacto negativo na produção, juntamente com os números mais fracos nos campos de Frade e Tubarão Martelo, pode não ter sido totalmente antecipada pelos investidores.
Isso se deve ao fato de que a ANP parou de publicar números diários de produção em seu site desde meados de junho.