Altas da Bolsa

Prio (PRIO3) sobe mais de 5% com compra do campo de Peregrino

A operação significa uma nova etapa na expansão da Prio e está sendo bem recebida por analistas de mercado

Prio
Prio / Foto: Divulgação

Na sessão desta sexta-feira (2), as ações da Prio (PRIO3) estão subindo 5,90%, a R$ 35,70, por volta das 11h50 (horário de Brasília), após o anúncio da quisição de 60% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, por US$ 3,35 bilhões. 

A operação significa uma nova etapa na expansão da Prio e está sendo bem recebida por analistas de mercado, com projeções otimistas para os ganhos futuros da empresa.

A aquisição será dividida em duas partes: US$ 2,399 bilhões por 40%, com o direito de operar o campo, e outros US$ 950 milhões pelos 20% restantes, segundo o Bradesco BBI.

Além disso, outros US$ 166 milhões ficarão dependentes da finalização da negociação dos 20% restantes que estavam nas mãos da Equinor e podem já ter sido negociados com outra empresa.

Caso a Equinor venda de fato essa participação, o valor final pago pela PRIO pode ser reduzido. A base da avaliação é 1º de janeiro de 2024, e o montante será corrigido por juros, com limite de US$ 150 milhões, segundo o InfoMoney.

Os cálculos dos analistas do Bradesco BBI sinalizam que o valor final desembolsado pela PRIO pode cair para US$ 2,45 bilhões, considerando a geração de caixa do campo e os ajustes de pagamento. 

A projeção do banco é que, se a petroleira conseguir cortar pela metade o custo operacional anual do campo, o valor do ativo subirá de US$ 5,4 bilhões para US$ 5,8 bilhões, representando um ganho potencial de até R$ 4,70 por ação (alta de 14%).

Genial Investimentos prevê alta de 83% da Prio; veja motivo

A corretora Genial Investimentos recomenda compra de papeis da Prio (PRIO3), com preço-alvo de R$ 70 ao final de 2025, o que corresponde a uma alta de 83,39% em relação ao fechamento de sexta-feira (28), de R$ 38,17.

O analista da corretora Vitor Sousa disse, em relatório, que um dos maiores motivos para a projeção de alta é a obtenção de licença ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para que a empresa explore o campo de petróleo Wahoo, anunciada pela empresa na sexta-feira (28).

A autorização era muito esperada por investidores, segundo Sousa. Em suas últimas conferências, a Prio afirmou que a produção no local, que deve ser iniciada em pelo menos oito meses, vai aumentar o volume produzido em pelo menos 40 mil barris de petróleo por dia.