Private equity: mais ricos dos EUA construíram fortunas no setor

Tirando 90 pessoas que herdaram verdadeiras fortunas, o restante dos cidadãos mais ricos dos EUA fizeram suas fortunas em private equity e real estate

CEO da Alta Trust, Adam Ponder publicou um estudo em que aponta como as 400 norte-americanos mais ricos em 2021, segundo a Forbes, construíram suas fortunas. Segundos os dados, o mercado privado se destacou entre as opções, principalmente a área de private equity. 

Tirando 90 pessoas que herdaram verdadeiras fortunas, o restante dos cidadãos mais ricos dos EUA fizeram suas fortunas em investimentos privados e real estate. 286 dos 400 nomes levantados construíram suas fortunas por meio de private equity, totalizando 71,5% da lista. Os 90 herdeiros somam 22,5%, enquanto 5%, ou 23 deles, fizeram seu patrimônio investimento em real estate. 

Tirando os herdeiros, os que realizaram investimentos em private equity sobem para 92%, enquanto real estate fica com 7%. 

As pessoas que aparecem na lista estão envolvidas em grandes empresas, como Microsoft, Walmart, Warner e equipes esportivas. Segundo a Alta Trust, os investimentos em empresas privadas são o elo de ligação dentre essas pessoas. 

Dados da Alta Trust mostram potencial do private equity

Os dados revelam o potencial existente nos mercados privados, como private equity e real estate. No entanto, entrar nesses investimentos privados não é tão simples, principalmente pelas altas taxas. 

Em contrapartida, os investimentos privados têm a capacidade de diversificar bastante e aumentar o retorno das carteiras, resultando em um ganho para os profissionais e seus clientes.

Fundada há 12 anos, a gestora SPX Capital é bastante conhecida no mercado de ações, multimercados ou renda fixa, com quase R$ 80 bilhões sob administração. No entanto, a gestora vem atuando na área de private equity. 

Em entrevista ao BP Money, Edson Peli, um dos sócios responsáveis do setor na gestora, apontou o atual cenário como “muito favorável” para o investimento, sendo bem parecido com 2015 e 2016, quando o Brasil enfrentava grave crise econômica. 

“Vemos o cenário atual parecido com aqueles anos de 15/16, e é um cenário em que a gente acredita que grandes investimentos em private equity serão feitos. Nos últimos 12 meses já houve uma correção nos valuations muito grande, o mercado de ações está fechado, o custo da dívida está muito caro, então isso aumenta muito o fluxo de oportunidades para private equity e a qualidade das empresas que chegam para a gente investir. É um cenário bastante favorável. O private equity acaba sendo contracíclico nesse sentido”, afirmou Peli.

Relativamente novo na SPX, o setor de private equity ganhou um reforço e tanto após a gestora fechar uma parceria com a Carlyle, gigante global dos investimentos em empresas fechadas.