Os fundos CPPIB (do Canadá) e o soberano de Cingapura GIC devem se tornar acionistas relevantes da Eletrobras (ELET3;ELET6) após a oferta de ações da companhia. As informações são da “Reuters” e foram publicadas nesta quarta-feira (8).
A precificação da oferta será realizada na quinta-feira (9). Os papéis, porém, só começam a ser negociados no dia 13 de junho. Os fundos CPPIB e GIC costumam investir, majoritariamente em infraestrutura. Além disso, participam com pouca frequência de ofertas de ações.
A oferta subsequente de ações da Eletrobras (Follow-on) deve movimentar cerca de R$ 35 bilhões. Com isso, ficará entre as amiores transações do ano no mundo, perdendo somente para o IPO da LG Energy Solution Ltd, de US$ 10,7 bilhões.
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Segundo informações da agência de notícias, o GIC e o CPPIB devem se juntar à gestora 3G Radar, que possui, hoje, 11% de participação na companhia, sendo a maior acionista privada da Eletrobras. Juntos, os fundos devem pensar nas estratégias da empresa pós-privatização, segundo a “Reuters”.
Fontes consultadas pela agência de notícias revelaram que a 3G Radar (acionista da Eletrobras há mais de cinco anos) já está buscando dirigentes para a companhia depois da privatização.
A holding Itaúsa SA e a Votorantim SA, que estavam avaliando participar da oferta, não devem entrar, segundo informações divulgadas pela “Reuters”. A oferta da Eletrobras será coordenada por BTG Pactual, Bank of America, Morgan Stanley, Goldman Sachs, Itaú BBA, Bradesco, Caixa Econômica Federal, XP Investimentos, Citigroup, Credit Suisse, JPMorgan e Safra.
Investidores institucionais devem movimentar mais de R$ 40 bi em oferta de ações da Eletrobras
Na última terça-feira (7), o portal “Scoop by Movers”, do Traders Club, informou que os investidores institucionais – que devem participar da oferta de ações da Eletrobras (ELET6) – sinalizaram mais de R$ 40 bilhões em ordens.
A Eletrobras, responsável por cerca de 30% da capacidade total de geração de energia elétrica do Brasil, tem como objetivo a captação de R$ 35 bilhões em sua oferta de ações, que culminará em sua privatização. Ou seja, com o montante já sinalizado pelos investidores institucionais, segundo informações do “Scoop by Movers”, a transação já teria sucesso.