Promotores da Suíça investigam a compra orquestrada pelo governo do Credit Suisse pelo concorrente UBS. O procurador federal entrou em contato com as autoridades nacionais e locais e “emitiu ordens de investigação” para analisar e identificar se houve alguma irregularidade no acordo, que também envolveu o governo, o regulador financeiro Finma e o banco central da Suíça, disse uma porta-voz, em comunicado.
Reguladores suíços intervieram para arranjar o negócio há duas semanas, após uma fuga em massa de clientes do Credit Suisse, diante de temores sobre sua saúde financeira. Membros do governo e reguladores disseram que a compra era a única opção. Deixar o Credit quebrar, segundo eles, levaria a uma crise financeira no país e, provavelmente, global.
O UBS está pagando mais de US$ 3 bilhões pelo Credit. Como incentivo, o governo suíço disse que proverá mais de US$ 9 bilhões para compensar algumas perdas que o UBS possa ter de absorver no negócio. O SNB ainda proveu mais de US$ 200 bilhões em liquidez ao UBS, para ajudar a facilitar a transação.
Houve várias críticas ao negócio, alguns acionistas do Credit reclamaram por não terem direito de votar a fusão, enquanto os detentores de US$ 17 bilhões em bônus AT1 (additional tier 1) perderam os papéis pelo acordo e afirmaram ter sido injustamente punidos na transação.
UBS deve demitir 36 mil funcionários após aquisição do Credit Suisse
O banco UBS estaria se preparando para demitir cerca de 36 mil funcionários de todo o mundo. A redução pode ser de 20% a 30% do quadro de funcionários, afirma o jornal suíço ‘SonntagsZeitung’.
As demissões ocorrem após o UBS adquirir o Credit Suisse, no mês passado, que se viu no centro de grave crise de liquidez que deixou o sistema financeiro global em alerta.
Cortes já eram esperados por conta da sobreposição de funcionários dos dois bancos. O banco informou que dará mais detalhes sobre os cortes de empregos em momento oportuno.