O Ibovespa encerrou em leve queda nesta segunda-feira (7), apesar de ter sustentado ganhos na reta final da sessão. O índice foi derrubado pela pressão do exterior e pela queda nos preços do petróleo, o que resultou no recuo de ações da Petrobras. Além disso, os investidores estavam preocupados com a alta de juros, situação fiscal e desenrolar da PEC dos combustíveis. Contudo, papéis ligados ao minério de ferro, com destaque para Vale, impediram uma queda mais expressiva do índice.
Com a constante entrada de capital estrangeiro na bolsa, o dólar atingiu hoje sua menor cotação desde setembro do ano passado.
No radar das commodities, os preços do petróleo cederam frente a expectativa de que os Estados Unidos retirem sanções comerciais à matéria-prima iraniana. A medida seria um alívio temporário às restrições impostas ao Irã, que mantém um programa nuclear e se nega a firmar acordo com os norte-americanos. As sanções seriam removidas para driblar a oferta restrita do petróleo. Com isso, o barril do WTI (março) fechou com perdas de 1,17% (US$ 91,23) e o barril tipo Brent (abril), usado como referência pela Petrobras, teve baixa de 0,73% (US$ 92,59).
Já os papéis de exportadoras tiveram bom desempenho neste pregão, após o minério de ferro ganhar impulso no mercado chinês pós-festejos do ano novo lunar. A Vale se beneficiou da alta e disparou 2,26%, enquanto Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) subiram 3,25% e 2,89%, respectivamente.
No cenário interno, a atenção estava voltada para a divulgação do Boletim Focus. A pesquisa do Banco Central mostrou projeções mais elevadas para a inflação neste ano, saindo de 5,38% para 5,44%, aumentando a preocupação de investidores com o avanço dos preços em meio a um cenário de possível deterioração fiscal, caso a PEC dos combustíveis avance no governo.
O benchmark brasileiro também sofreu com a desvalorização de ativos da Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3), que registraram as maiores quedas do pregão. A baixa vem após as companhias anunciarem os números da sinergia entre ambas, que vão combinar ações ainda esta semana.
O mercado ainda está atento a divulgação de balanços de bancos, ata do Copom, dados de inflação e IBC-Br ao longo da semana.
Bolsa
O Ibovespa caiu 0,22%, aos 111.996 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 25,4 bilhões.
Maiores altas
BB seguridade (BBSE3) +5,74%;
JBS (JBSS3) +4,91%;
Yduqs (YDUQ3) +4,26%;
Usiminas (USIM5) +3,25%;
CSN (CSNA3) +3,15%
Maiores baixas
Intermedica (GNDI3) -4,67%;
Hapvida (HAPV3) -4,67%;
Via (VIIA3) -3,79%;
Cosan (CSAN3) -3,30%;
Ultrapar (UGPA3) -3,24%
Dólar
A moeda americana desabou 1,26%, cotado a R$ 5,254.
Ibovespa pela tarde
Às 16h44 (horário de Brasília) o índice virava para alta de 0,034%, aos 112.283 pontos. O dólar recuava 1,30%, a R$ 5,25.
Às 14h44 (horário de Brasília) o benchmark tinha baixa de 0,10%, aos 112.130 pontos. O movimento é um reflexo dos temores com a alta de juros e com a situação fiscal, além do desenrolar da PEC dos combustíveis. Ações de exportadoras, com destaque para Vale, impedem uma queda mais expressiva do índice. O dólar desvalorizava-se 0,92%, a R$ 5,27.
Índice ao meio-dia
Às 12h31 (horário de Brasília) o Ibovespa recuava 0,03%, aos 112.225 pontos. O dólar recuava 0,50%, a R$ 5,29.
O primeiro turno do pregão foi marcado de volatilidade, com o setor de saúde levando rasteira e registrando os piores desempenhos frente às demais ações.
Tal performance do índice refletia a resposta do mercado financeiro sobre suas projeções inflacionárias, que atingiam alta pela quarta semana consecutiva.
Com a piora nas projeções de inflação apontada pelo Boletim Focus, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os investidores buscam pistas sobre o ritmo da alta de juros que o Banco Central planeja daqui para frente. Agora, a atenção do mercado se projeta sobre a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode servir como medidor sobre o cenário econômico nacional.
Ao meio-dia, as ações ordinárias da holding BB Seguridade lideravam os ganhos, ao passo que registra avanço de 3,50%, a R$ 23,63. As ações preferenciais da Usiminas não ficavam muito atrás no destaque positivo, quando registrava alta de 3,19%, a R$ 16,84.
Em contrapartida, os papéis ordinários da Hapvida registravam a pior performance da sessão, com tombo de 7,16%, a R$ 11,54. As ações ordinárias da Intermédica também sofreram um descrédito de 6,98%, a R$ 11,55.
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), negociado na B3, apresentava desempenho neutro, aos 2.772 pontos.
O ativo FIGS11 obtinha o melhor destaque do pregão registrando alta de 2.63%, sendo cotado a R$ 53,26.
Neste mesmo período, o fundo VIFI11 levava a pior com destaque negativo ao recuar 3,01%, a R$ 81,59
Como foi a abertura do Ibovespa?
O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, iniciou o primeiro dia útil da semana, segunda-feira (7), em alta de 0,09%, aos 112.342 pontos. O dólar ampliava queda para 0,62%,a R$ 5,28.
O mercado acompanhou nesta manhã a divulgação do Boletim Focus do Banco Central (BC), que elevou as expectativas para a inflação em 2022. De acordo com as projeções do mercado financeiro, houve mais um aumento no IPCA, que avançou de 5,38% para 5,44%. Desta forma a previsão inflacionária ficou novamente acima da meta, pelo segundo ano consecutivo, em 2022.
Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.
Pré-abertura da Bolsa
Na manhã desta segunda-feira (7), ainda no Brasil, investidores aguardam os próximos passos da política monetária do país, que será exposto através da ata do Copom que será divulgada na terça-feira (8). Além disso, o noticiário será influenciado pelos balanços da BB Seguridade (BBSE3) e Porto Seguro (PSSA3).
A semana deve ser influenciada pelos relatórios de produção da Petrobras, Vale, além dos resultados trimestrais do Itaú, Usiminas e Bradesco
Por outro lado, nesta manhã os mercados internacionais oscilam, com as bolsas asiáticas fecham em queda, exceto a China que retoma as suas operações após o feriado do Ano Novo Lunar, e as bolsas da Europa operam mistas.
Confira a pré-abertura do mercado aqui.