O Ibovespa encerrou em forte queda de 1,66% nesta segunda-feira (16) e atingiu sua maior baixa desde 30 de julho, quando recuou 3,08%, e o menor patamar de fechamento desde 4 de maio, quando o índice fechou cotado a 117.712 pontos. O desempenho desta sessão foi pressionado por ruídos políticos e pelo dia conturbado no exterior.
No cenário interno, o presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar pedidos de impeachment contra os ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio a isso, a preocupação com um ambiente de crise institucional se alastra pelo mercado e investidores temem a ampliação da distância entre o Executivo e o Senado.
No radar internacional, dados fracos sobre a economia chinesa puxaram resultados negativos globalmente. Devido aos novos surtos de Covid-19 e enchentes que prejudicaram as operações das empresas, o avanço da produção industrial e das vendas no varejo da China caiu e ficou abaixo das expectativas para julho. Com a baixa, a impressão é de que a segunda maior economia do mundo esteja enfrentando obstáculos no processo de recuperação.
Em relação a produção industrial, a expansão foi de 6,4% frente expectativa de 7,8% por analistas consultados pela Reuters. Já nas vendas, o varejo cresceu 8,5% ante projeção de aumento de 11,5%, também compilada pela Reuters.
Notícias a respeito do Afeganistão também impactaram a bolsa, visto que o Talibã – grupo considerado terrorista – aproveitou a saída das tropas americanas e retomou o controle do país.
Ainda lá fora, uma pesquisa divulgada hoje pelo Federal Reserve de Nova York mostrou que o índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado, caiu ao nível recorde, saindo de 43 em julho para 18,3 em agosto.
Bolsa
O Ibovespa teve queda de 1,66%, a 119.180 pontos com volume financeiro negociado de R$ 33,889 bilhões.
Dólar
O dólar comercial subiu 0,68% a R$ 5,28 na compra e a R$ 5,281 na venda.
Índice pela tarde
Às 14h41, o índice recuava 1,44%, a 119.454 pontos. O dólar comercial operava em baixa de 0,21%, a R$ 5,25.
Como foi a abertura do Ibovespa:
Às 10h53, o Ibovespa operava em queda de 1,41%, a 119,492 pontos. O dólar comercial operava em queda, a R$ 5,20.
Nesta segunda-feira (16) o Ibovespa opera em queda em meio a repercussão da divulgação dos últimos balanços e ao noticiário político, com a votação da reforma do Imposto de Renda e a PEC dos precatórios.
Pré abertura da Bolsa
O Ibovespa encerrou em alta na sexta-feira (13), mas não conseguiu se recuperar da queda semanal de 1,32%. O resultado foi em meio ao último dia da temporada de balanços e a ruídos políticos, que levaram o índice a apresentar uma grande volatilidade.
A manhã desta segunda-feira (16) está marcada por dados abaixo das expectativas na China, que faz investidores recalcarem o crescimento da região em 2021, na mesma medida que o número de casos de infecções por Covid só avança, no país.
Além disso, a tensão geopolítica devido o Taleban ter tomado a capital de Kabul, no Afeganistão, que gerou a debandada de forças dos EUA da capital, também está no radar.
Em relação aos indicadores econômicos, a semana foi positiva nos Estados Unidos, marcada pela divulgação de dados oficiais importantes.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 5,4% em julho em relação ao patamar de um ano antes. Os novos pedidos semanais de seguro-desemprego, por sua vez, somaram 375 mil, o que representou uma queda pela 3ª semana consecutiva.
Até o momento, os papéis listados na S&P informaram resultados superiores às expectativas.
Na Europa as bolsas apresentam quedas nesta segunda-feira, à medida que investidores aguardam uma desaceleração no avanço de indicadores econômicos e monitoram as preocupações geopolíticas.
O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, cai 0,3%. Coma ações dos setores de varejo, gás, lazer e viagem pendendo mais de 1%.
A maior parte das bolsas asiáticas também recuaram nesta segunda-feira, enquanto investidores reagem à divulgação de dados oficiais da China relativos a julho. As vendas no varejo do país avançaram 8,5% na comparação anual, a expectativa era para 11,5%.
A produção industrial chinesa subiu 6,4%, no mesmo período. Analistas aguardavam um aumento de 7,8%.
Já o PIB japonês avançou 0,3% no segundo trimestre de 2021, se comparado com o trimestre anterior. De acordo com o Infomoney, o PIB foi superior à estimativa de alta de 0,2%.
Confira os principais índices às 7h27:
ÁSIA
Nikkei 225 [-1,62%]
S&P/A SX 200 [-0,61%]
Hang Seng [-0,80%]
Shanghai [+0,03%]
EUROPA
DAX [-0,53%]
FTSE 100 [-1,10%]
CAC 40 [-0,98%]
SMI [-0,58%]
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,33%]
US 500 [-0,28%]
US Tech 100 [-0,29%]
US 2000 [-0,40%]
COMMODITIES
Ouro [-0,06%] US$ 1.777,15
Prata [-1,04%] US$ 23,52
Cobre [-1,63%] US$ 4,3195
Petróleo WTI [-1,36%] US$ 67,25
Petróleo Brent [-1,26%] US$ 69,67