O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) iniciou o pregão desta segunda-feira (10) com avanço de 2,761% aos 2.761 pontos. O indicador tem contrariado a escrita de épocas passadas e resistindo ao choque da alta dos juros pelo Banco Central.
A base de investidores pessoas físicas desse segmento continuou a avançar mesmo nos momentos mais críticos deste ano, diferentemente da recessão entre 2015 e 2016, quando recuou.
O número foi superior a 1,5 milhão de pessoas no mês de novembro, conforme o relatório da B3. O que corresponde a uma adição de 300 mil CPF em relação a janeiro do ano passado. Na perspectiva da sócia Habitat Capital, Camila Almeida, apesar do cenário de incertezas em 2021, o mercado apresentou um forte desempenho. “Tivemos mais de 30% de aumento de número de investidores, novos fundos saindo, uma quantidade recorde de emissões em 2021”, disse ela ao Valor.
Já na avaliação de Carlos Ferrari, sócio do escritório NFA, especializado em operações imobiliárias, o aumento da base mesmo em um período de crise aponta que os investidores passaram a olhar o segmento como uma aposta no longo prazo. “É um olhar de ciclo imobiliário acompanhando o ciclo de juros”.
Na análise de Alessandro Vedrossi, sócio da Valora Investimentos. “A gente percebe que a maioria das pessoas que aplicam em FIIs investe em uma expectativa de médio e longo prazo e está mais preocupada com o yield [percentual de retorno em relação ao valor da cota] do mês do que com a variação da cota”.