Após movimentar R$ 6,9 bilhões no maior IPO de 2021 até o momento, a Raízen vem gerando dúvidas no investidor se ainda vale a pena comprar as ações da companhia. A distribuidora atualmente é considerada a líder no mercado de biocombustíveis, além de ser uma das maiores produtoras de cana de açúcar e etanol do mundo.
De acordo com relatório da Empiricus, feito por Matheus Spiess, a Raízen se mantém como um bom investimento para o longo prazo, mesmo para aqueles que não compraram os seus papéis durante a estreia da companhia na B3.
O analista ressaltou o crescimento da procura por empresas ESG’s, companhias com pautas ambientais e biosustentáveis, e lembrou a importância do atual sistema de negócios da distribuidora.
“Desde o plantio da cana-de-açúcar até as lojas de conveniência dos postos, a companhia possui um modelo de negócios verticalizado, presente ao longo de toda a cadeia de produção e distribuição de biocombustíveis. Em um mundo cada vez mais ESG, energias de transição tendem a ganhar mais espaço”, diz o relatório.
A Empiricus avaliou no início de agosto que o preço justo da ação está na faixa de R$ 13 a R$ 14. Atualmente, os papéis da Raízen estão no patamar dos R$7. Portanto, representa uma oportunidade de compra, segundo a casa de análise.
A Raízen foi fundada em 2011 como uma joint venture entre Cosan e Shell, a companhia incorporou os negócios de açúcar e biocombustíveis da Cosan, assim como toda a rede de distribuição de combustíveis da Shell Brasil. Com o efeito, a Shell Brasil se tornou efetivamente Raízen, com uma participação de 50% da Cosan e 50% da Shell.