A Raízen (RAIZ4) informou ao mercado nesta segunda-feira (21), que recebeu certificação comprovando que o etanol produzido no Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP), cumpre requisitos internacionais para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês).
Nesse sentido, a certificação ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), emitida pela International Civil Aviation Organization (ICAO), torna a Raízen a primeira produtora de etanol do mundo certificada, informou a companhia em comunicado nesta segunda-feira (21).
Desse modo, produzido a partir de matéria-prima renovável, o SAF é capaz de reduzir cerca de 80% o volume total de emissões de gases de efeito estufa em comparação com o combustível fóssil de aviação, segundo estimativa da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). A conversão de etanol é uma das rotas para produção de SAF.
Raízen no 2T23
A Raízen teve um lucro líquido ajustado de R$ 527 milhões no primeiro trimestre do Ano-Safra 23/24. O número representa uma queda de 51,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Em parte, o recuo do lucro acompanha o da receita, que foi de 26% na mesma base, chegando a R$ 48,8 bilhões.
“O desempenho da receita líquida refletiu menor volume comercializado, parcialmente compensado pelo melhor preço de venda. Ritmo de comercialização e embarques do trimestre alinhado à estratégia de maximização de retorno e captura de preços superiores no decorrer do ano”, explica a companhia no documento publicado na noite desta segunda-feira (14).
O segmento de Renováveis e Açúcar apresentou um resultado desfavorável, registrando uma queda significativa de 38,6% em sua receita, quando comparado com o mesmo período da safra anterior. Os números passaram de R$ 16,1 bilhões para R$ 9,8 bilhões.
No setor de renováveis, observou-se uma redução de 23,3% no volume de vendas de etanol, totalizando 1,07 milhão de metros cúbicos. Além disso, a receita também registrou uma queda significativa de 40,3%, atingindo o valor de R$ 3,607 bilhões.
“Redução dos volumes comercializados e próprios refletindo a estratégia de comercialização para a safra, em função da perda momentânea de competitividade do etanol frente à gasolina no período. Além disso, com o mix da safra mais açucareiro, houve redução do volume produzido no trimestre”, acrescenta a Raízen.