A emissão de “green bonds” da Raízen (RAIZ4) deve ser finalizada nesta quarta-feira (28). A empresa está planejando emitir os títulos de dívida externa em até duas tranches, com vencimentos de dez e, ou 30 anos. O montante a ser emitido dependerá da demanda dos investidores.
A Raízen pretende utilizar os recursos levantados para quitar dívidas existentes, o que inclui a recompra de bonds com vencimento em 2027, além de destinar parte dos fundos para propósitos corporativos diversos.
A estratégia da empresa envolve destinar uma parcela dos recursos para a recompra de até US$ 725 milhões em bônus com vencimento em 2027. O período para a oferta de recompra está programado para encerrar em 1º de março.
A companhia está lançando seu primeiro título internacional com certificação “verde”. No mercado nacional, a Raízen levantou R$ 1,2 bilhão em 2022 através de debêntures vinculadas a critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança, em inglês). Ela assumiu o compromisso de alcançar duas metas até março de 2026.
Uma das metas é aumentar para 94% o número de unidades operacionais certificadas pela Bonsucro, em comparação aos 74% em 2022. Além disso, a empresa busca elevar a representação de mulheres em cargos de liderança para 30%, em comparação aos 19% registrados há dois anos.
Os coordenadores da oferta incluem os bancos Citi, Itaú BBA, J.P. Morgan e Morgan Stanley, juntamente com BNP Paribas, Bank of America, Bradesco BBI e Santander.
Raízen (RAIZ4) e BYD se unem para avanço em recarga de carros elétricos no Brasil
A Raízen (RAIZ4) e a montadora chinesa BYD estão planejando construir “hubs” de recarga elétrica em oito capitais brasileiras. Esse projeto conjunto visa impulsionar o mercado de veículos elétricos, que vem ganhando tração no país, conforme informado pelas empresas à Reuters.
O acordo prevê a instalação de 600 pontos de recarga rápida sob a marca Shell Recharge nos próximos três anos, à medida que a Raízen busca conquistar 25% desse mercado. Os equipamentos terão uma potência instalada total de mais de 18 megawatts (MW) e serão alimentados com energia de fontes renováveis fornecida pela Raízen Power, o braço de energia elétrica do grupo.
O valor dos investimentos envolvidos no projeto não foi divulgado pelas empresas. A instalação desses “hubs” em centros urbanos estratégicos visa suprir a demanda por mais infraestrutura de recarga, impulsionando um mercado promissor, apesar de ainda pequeno, no Brasil.
“O Brasil tem uma transição (energética) que é diferente de outros países, porque já tem uma solução muito boa no carro híbrido, no carro a etanol, mas ela virá, vai acontecer”, ressaltou o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, em conversa com a Reuters.