Puxadas por Micro e Pequenas Empresas

Recuperações judiciais dobram em julho e batem recorde

A persistência de altos índices de inadimplência indica que as recuperações judiciais tendem a aumentar ainda mais, disse economista

Recuperaçoes judiciais
Foto: Pixabay

O total de pedidos de recuperações judiciais em julho cresceu 29% em relação ao mês anterior e dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Ao todo, 228 empresas entraram com pedido de RJ no mês passado.

Este é o maior número de 2024 e o mais alto registrado na série histórica, que teve início em 2005, informou a Serasa.

Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o aumento das solicitações reflete os desafios enfrentados pelas empresas e destaca um movimento crescente em direção aos mecanismos legais de reorganização financeira em um cenário econômico incerto.

Segundo Rabi, a persistência de altos índices de inadimplência — com 6,9 milhões de CNPJs registrando dívidas em junho — indica que, a menos que essa tendência seja revertida, as recuperaçoes judiciais tendem a aumentar ainda mais.

O levantamento de julho mostra que as “Micro e Pequenas Empresas” puxaram a alta das recuperações judiciais (166), seguidas pelas “Médias” (43) e “Grandes” companhias (19).

Pedidos de falências caíram 15,8% em julho

Foram registradas 96 solicitações de falências em julho, o que representa um aumento de 12,9% em comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 15,8%.

Na visão por porte, “Micro e Pequena Empresa” também teve a maior marcação (58), seguida por “Média Empresa” (23) e “Grande Empresa” (15).

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