Rede D’Or (RDOR3)
Rede D'Or / Foto: Reprodução / Facebook

O Itaú BBA manteve a recomendação de Outperform para as ações da Rede D’Or (RDOR3) e fixou preço-alvo de R$ 58,00 para o fim de 2026. A avaliação ganhou força após o anúncio de uma política robusta de remuneração aos acionistas.

A companhia prevê distribuir R$ 8,1 bilhões em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) entre 2025 e 2026. Para o banco, o volume representa um retorno relevante ao investidor.

Segundo o Itaú BBA, os proventos da Rede D’Or indicam um yield estimado de 9,5%, considerando os pagamentos já anunciados até 2025. Além disso, o banco avalia que a distribuição não deve pressionar a alavancagem financeira.

O principal ponto de conforto para o mercado é o impacto limitado dessa política sobre o balanço da empresa. O Itaú BBA projeta que a alavancagem da Rede D’Or permaneça sob controle mesmo após os pagamentos.

A estimativa indica que a relação Dívida Líquida/EBITDA avance de 1,0 vez no 3T25 para cerca de 1,4 vez no 4T25. Ainda assim, o banco considera esse nível confortável e compatível com empresas em expansão.

Política de remuneração da Rede D’or é vista com bons olhos

Para o banco, a política de remuneração sinaliza confiança da gestão na geração de caixa. O pacote inclui R$ 400 milhões em JCP e R$ 5,6 bilhões em dividendos intermediários, com pagamento previsto para 30 de dezembro de 2025.

Além disso, a companhia planeja distribuir mais R$ 2,1 bilhões em dividendos ao longo de 2026. Na visão do Itaú BBA, o movimento reforça a expectativa de fluxo de caixa forte e recorrente no curto prazo.

Parte do mercado interpretou a distribuição como um possível sinal de desaceleração no capex hospitalar. O Itaú BBA, porém, discorda dessa leitura.

Para o banco, a Rede D’Or mostra capacidade de remunerar o acionista sem comprometer os planos de crescimento orgânico e inorgânico. As ações passam a ser negociadas ex-dividendos e JCP em 19 de dezembro de 2025.