Competitividade

Rede D'or fez proposta para barrar fusão entre Dasa e Amil

A Dasa anunciou, em junho, um acordo de fusão de seus hospitais com os da Amil; proposta da Rede D'or foi recusada

Rede D'or
Foto: Divulgação

Rede D’Or fez uma oferta à Dasa (DASA3) para tentar barrar o negócio anunciado há alguns meses para unir operações de hospitais com a Amil, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.

A oferta, no entanto, foi rejeitada pela empresa. A Rede D’Or propôs investir R$ 1 bilhão aos controladores da Dasa (DASA3), além de manter os termos do contrato selado com a Amil.

O acordo assinado entre Dasa (DASA3) e Amil implicou na transformação da unidade de centros hospitalares e oncologia Ímpar em uma joint venture, na qual ambas as empresas têm participações iguais de 50% do capital votante e controle compartilhado.

O contrato estipula que, no fechamento da transação, a Ímpar terá uma dívida líquida de R$ 3,85 bilhões, incluindo dívida líquida financeira, saldo de operações com derivativos, contas a pagar de aquisições e impostos parcelados. A Amil não fez aporte de dívida líquida.

Dasa (DASA3): acordo com Amil traz vantagem competitiva, diz CEO

O CEO da Dasa (DASA3), Lício Cintra, disse à Bloomberg que o acordo com a Amil traz “vantagem competitiva” que não existia, pois adiciona “capilaridade” para que seja uma solução com as fontes pagadoras.

Cintra também pontuou que a criação da joint venture em hospitais com a Amil foi a solução que, além de reduzir a dívida e a alavancagem da empresa, melhor endereça a tese de gestão hospitalar com visão de longo prazo.

“O maior desafio da desalavancagem é fazê-la da maneira sequencial correta, porque, caso contrário, nós reduzimos o valor dos ativos que possuímos”, disse Cintra.

O executivo, que assumiu o cargo de liderança em janeiro deste ano, depois de um período de transição de cinco meses à frente da operação como COO, fez referência ao desenho da joint venture que uniu a maior parte dos hospitais da Ímpar, que pertence à Dasa, com a Rede Américas, da Amil, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. 

Cintra disse que o negócio transmite o recado claro de que o foco é o eixo Rio-São Paulo-Brasília.

Isso significa que ativos que estão “fora da rota” e, portanto, são de integração mais complexa, como o Hospital São Domingos, no Maranhão, e do Hospital da Bahia, vão fazer parte da próxima etapa de desalavancagem da Dasa, ainda que também sejam “bons ativos”.