A operadora de hospitais brasileira, a Rede D’Or (RDOR3), está com uma estratégia de priorizar a geração de caixa para crescer de forma consistente, afirmou Paulo Moll, diretor-presidente da companhia, nesta quinta-feira (14).
A Rede D’Or realizou uma teleconferência com analistas durante a manhã. No encontro, os executivos da empresa disseram que os resultados do terceiro trimestre foram positivos, fruto da gestão dos serviços.
No período, a companhia teve alta de 68,8% no lucro líquido, para R$ 1,15 bilhão.
Moll citou exemplos de atitudes da empresa para focar na gestão de caixa e ter crescimento consciente, entre elas a de abrir mão de contratos de hospitais e da relação com operadoras de planos de saúde.
“Estamos tendo cuidado com a gestão de caixa da companhia, nos diferenciamos nos resultados de caixa, o que dá solidez para o nosso crescimento. Atrelamos os bônus e metas à geração de caixa, para além das metas financeiras”, disse o executivo da Rede D’Or, segundo o “Valor”.
Em paralelo a isto, o número de leitos que a empresa oferece cresceram após o início da operação dos hospitais de Guarulhos e Alphaville. Há cerca de 150 leitos em operação em cada uma das novas unidades.
Enquanto isso, o foco da operadora de planos de saúde SulAmérica, que pertence à Rede D’Or, é na precificação ajustada e redução da judicialização, conforme indicou a diretora-presidente da SulAmérica, Raquel Reis.
“A precificação mais eficiente e sustentável torna o produto interessante ao longo do tempo para o usuário e para a operadora. Já na judicialização, estamos trazendo os atores do setor, como a ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] e outras operadoras, para esse debate. Em outra frente, entramos com ações cíveis e criminais contra as fraudes”, afirmou.
Além disso, a operadora brasileira apontou para a taxa de retorno dos investimentos acima de 20%, frisando que busca novas aplicações com retorno nesta faixa.
Rede D’Or (RDOR3) salta 70% no 3TRI24 com lucro de $ 1,168 bi
A Rede D’Or (RDOR3) apresentou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, registrando um lucro contábil de R$ 1,168 bilhão, considerando o impacto da norma IFRS17, o que representa um aumento de 69,6% em relação ao ano anterior.
Sem o efeito do IFRS17, o lucro teria sido de R$ 1,215 bilhão, com uma alta de 59,8%. Esse desempenho foi beneficiado pela redução do CDI, que ajudou a diminuir as despesas financeiras da empresa.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 2,139 bilhões, subindo 30,6% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
O crescimento reflete o aumento da receita líquida, a melhora na gestão de custos com materiais e medicamentos, e a venda da D’Or Consultoria.
A margem Ebitda chegou a 29,9%, com um avanço de 3 pontos percentuais, indicando um controle de custos eficiente.
No trimestre, a Rede D’Or reportou um resultado financeiro negativo de R$ 390,7 milhões, uma redução de 9,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com impacto positivo da queda do CDI.