Vice-presidente na Fiesp

Reforma tributária: "melhor fazer gradualmente, do que não fazer", diz Alckmin

Ao participar de seminário da Fiesp sobre reforma tributária, Alckmin diz que Brasil está "lotado de impostos invisíveis"

Gelado Alckmin sobre reforma tributária
Gelado Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), expressou satisfação com o encaminhamento ao Congresso Nacional do primeiro projeto de lei complementar que visa regulamentar a reforma tributária, aprovada no final do ano passado.

Alckmin foi um dos participantes do painel de abertura de um seminário sobre a reforma tributária realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Ele compartilhou o palco com Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O principal impacto da aprovação do texto é a consolidação, a partir de 2033, de cinco impostos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – em um único tributo, que será dividido entre os níveis federal (Contribuição sobre Bens e Serviços, a CBS) e estadual/municipal (Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS).

A CBS será totalmente estabelecida a partir de 2027. Por outro lado, o IBS só será completamente implementado em 2033, após um período de transição de seis anos, durante o qual coexistirá com o ICMS e o ISS, que serão substituídos gradualmente. Em 2033, do ponto de vista do contribuinte, a CBS e o IBS serão cobrados de forma unificada.

v“O caminho é o gradualismo. É melhor fazer de maneira gradual do que não fazer. É claro que seria ideal que [a reforma] fosse implementada no ano que vem. Mas é melhor ser feito em 6 anos do que não ocorrer”, defendeu Alckmin.

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Enquanto alguns questionam a eficácia das mudanças nas regras e sugerem ampliar a lista de produtos isentos de impostos, outros defendem as medidas como essenciais para reduzir o impacto dos tributos nos preços finais dos itens.

O Ministério da Fazenda apresentou uma proposta que prevê imposto zero para 15 produtos, como arroz, feijão, farinha, leite, açúcar e margarina. Além disso, outra lista contemplaria redução de 60% para itens como carne bovina, suína, peixe e sal.