Segundo levantamento de pagamentos do BC (Banco Central), o investimento mais atraente para os brasileiros no exterior são os títulos de renda fixa. Conforme o balanço, em maio esse tipo de aplicação recebeu US$ 2,2 bilhões vindos do Brasil.
Esse volume de investimento para a categoria do exterior foi o 3º maior em um mês desde 2020. Antes do período, os brasileiros investiram US$ 2,9 bilhões na modalidade em janeiro, e cerca de US$ 2,6 bilhões em fevereiro.
Nos primeiros 5 meses deste ano – janeiro e maio – os investidores domésticos direcionaram cerca de US$ 9,3 bilhões para as aplicações de renda fixa no exterior. Enquanto isso, os fundos internacionais receberam US$ 729 milhões e as ações US$ 614 milhões.
Essas mesmas categorias, dentro do mesmo período de 2023, viram os brasileiros investirem US$ 3,5 bilhões (renda fixa), ao passo que as ações tiveram aportes de US$ 1 bilhão, e os houve resgate de US$ 405 milhões nos fundos, de acordo com o “Valor”.
Tanto os Treasuries – títulos do Tesouro dos EUA – quanto os títulos de renda fixa emitidos por companhias integram os dados do BC, bem como os títulos emitidos por bancos do país norte-americano, os CDs – equivalente ao CDB.
Juros: manutenção da Selic renova preferência por renda fixa
Atualmente, investir em renda fixa parece ser uma escolha óbvia para muitos investidores. Os títulos públicos oferecem juros atrativos, e os papéis de crédito privado geram rentabilidade de acordo com o risco do investimento.
A manutenção da Selic (taxa básica de juros) em 10,50% ao ano e o receio do mercado com a política fiscal brasileira geraram um novo fôlego para a renda fixa.
“A taxa de juros real do Brasil está muito alta, então, para os investidores conservadores, vale a pena investir em títulos públicos”, disse, de acordo com o “InfoMoney”, o CEO da Ouro Preto Investimentos, João Baptista Peixoto Neto.