Marcelo Mello, CEO da SulAmérica Investimentos, afirmou as oportunidades de investimentos em 2025, devem seguir como foram em 2024, mais focadas no segmento de renda fixa.
Em sua análise, até o final deste ano, deve haver uma alta adicional na Selic (taxa básica de juros), por conta de uma atividade no mercado de trabalho, que também tem levado as estimativas de inflação acima do teto estabelecido, principalmente para 2025.
O CEO também indicou que espera que o BC (Banco Central), através do Copom (Comitê de Política Monetária), eleve a taxa Selic a 11% ao ano em 2024.
“Nesse ambiente macroeconômico quais são as classe que devem ter um fluxo mais positivo: renda fixa crédito privado high grade, que são que são os fundos com boa qualidade de crédito, fundos de renda fixa que fazem risco de mercado, e também os fundos multimercado conservadores”, indicou o Marcelo Mello, CEO da SulAmérica Investimentos, em resposta ao BP Money, durante a Expert XP 2024.
Outra classe de ativos que deve se favorecer, ressaltou ele, por conta de mudanças regulatórias recentes, são os papéis de infraestrutura, “que agora vão levar os benefícios não apenas para quem está comprando, como também para quem está emitindo”
Em função de uma Selic mais alta, a SulAmérica, que tem R$ 76 bilhões sob gestão, tem focado na estratégia de renda fixa com o crédito privado high grade, segundo ele.
E aumentado seu posicionamento em papéis pós-fixados do governo e outros ativos de renda fixa disponíveis no mercado.
Fundos de renda fixa: escalada à base da Selic se sustentará?
Aplicar em fundos de renda fixa é apostar no retorno previsível. Os investidores sentiram esse gosto ainda mais doce, visto que o patrimônio dessa classe de ativos cresceu 20%, chegando à casa dos R$ 3,6 trilhões em julho de 2024. Analistas indicam que esse ciclo só tende a se beneficiar com a perspectiva de juros altos por mais tempo.
Com esse avanço, os fundos de renda fixa encerraram o mês referido com um salto positivo de 15% na comparação anual, com um patrimônio líquido de R$ 9,2 trilhões.
Nesse quadro, há 3 vigas que sustentam a estrutura, sendo elas: a possibilidade do BC (Banco Central) subir a Selic (taxa básica de juro), o mercado de ações mais volátil, combinação que gera, como consequência, a busca por ativos mais seguros, dado o ambiente de incertezas econômicas.
Os investidores têm visto nos títulos públicos, por exemplo, a oportunidade de obter retornos atrativos com menor risco, comentou Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.